Queda da Hapvida (HAPV3) causa perdas milionárias e fundos recuam até 13%

Balanço do 3T25 provoca aversão dos investidores, enquanto controladores vão às compras.

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Publicado em 17/11/2025 às 17:07h - Atualizado 10 horas atrás Publicado em 17/11/2025 às 17:07h Atualizado 10 horas atrás por Wesley Santana
Hapvida é uma operadora de saúde com operação em vários estados (Imagem: Shutterstock)
Hapvida é uma operadora de saúde com operação em vários estados (Imagem: Shutterstock)

Nesta segunda-feira (17), a Hapvida (HAPV3) apresenta sinais de melhora na B3. No entanto, a valorização de cerca de 1% está longe de apagar o saldo negativo que a empresa apresentou na última sexta-feira (14).

No intervalo de algumas horas, depois de apresentar o balanço do terceiro trimestre, as ações despencaram mais de 40% na bolsa de valores. Dos R$ 32 em que vinham sendo negociadas, os papéis caíram para abaixo de R$ 18, segundo os monitores do mercado de ações.

Mas o índice negativo não se manteve só nos papéis da companhia — ele atingiu também os fundos de investimentos que estão expostos a ela. Segundo dados da consultoria Elos Ayta, repercutidos pelo InfoMoney, houve fundos multimercados que chegaram a perder quase 13% do seu valor.

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O pior desempenho foi do Santander Pb Stoic Ações, que tem mais de um terço de sua carteira exposta à Hapvida. Durante o pregão, houve uma perda de 12,75% dos R$ 6,2 milhões do patrimônio sob gestão que o ativo mantém.

Na sequência, aparece o NC 051 Master, da Novus Capital, que viu uma redução de 10%, já que tem 23% da carteira aplicada na operadora de saúde.

Outra performance expressiva negativamente foi vista no Lithium FIF, da Explorita, que perdeu 9% dos R$ 9,8 milhões. Neste caso, 9% da carteira está comprada em Hapvida.

Toda essa redução no valor de mercado da Hapvida foi motivada pelo resultado negativo do 3T25. Entre os analistas do mercado, alguns classificaram os números como um “show de horror”, como fez a Empiricus.

No entanto, enquanto os outros investidores aproveitavam para vender, a família controladora fazia o movimento inverso, conforme destacou a Bloomberg. O CEO Jorge Fontoura Pinheiro Koren de Lima teria adquirido R$ 250 milhões em ações, e a própria empresa também teria comprado mais R$ 500 milhões em papéis, segundo apurou a reportagem com fontes internas.

No acumulado de junho a setembro, a Hapvida registrou um lucro operacional de R$ 338 milhões. Entretanto, quando são considerados os ajustes financeiros, a soma chega a um prejuízo de R$ 57 milhões.