“Qual é o peso do BNDES para o volume de crédito do país?”, questiona o presidente do banco

Em entrevista, o presidente do BNDES afirmou que o volume de crédito é concedido pela instituição é insignificante se comparado com o tamanho do País.

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Publicado em 29/01/2024 às 14:57h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 29/01/2024 às 14:57h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES - Créditos: Agência Brasil

👔 O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, declarou nesta segunda-feira (29),  que o volume atual de crédito concedido pela instituição não tem capacidade para influenciar a política monetária nacional.

Em entrevista  na abertura do B20, um encontro de líderes empresariais vinculado ao G20, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Mercadante destacou a insignificância do BNDES em relação ao total de crédito do país, representando apenas 1,3%.

"Qual é o peso do BNDES para o volume de crédito do país? 1,3%. Em economia, o rabo não abana o cachorro. Nós não temos tamanho para interferir na potência da política monetária", afirmou.

O programa Nova Indústria Brasil (NIB), recentemente lançado com o objetivo de impulsionar a industrialização com um aporte de R$ 300 bilhões, dos quais R$ 250 bilhões provêm do BNDES, está sendo avaliado por analistas financeiros quanto aos seus efeitos sobre a inflação e a taxa básica de juros, a Selic.

O presidente do banco ressaltou a distinção entre crédito direcionado, praticado tanto pelo setor privado quanto pelo BNDES, e crédito subsidiado,  que representa apenas 19% das operações atuais do banco.

Ele afirmou que o crédito subsidiado é uma parcela mínima e que não tem impacto significativo na política monetária e destacou que as taxas de juros estão em declínio, sugerindo que poderiam ter caído ainda mais cedo.

Mercadante informou que a taxa referencial (TR) para inovação, com custo de 2%, representa um montante de R$ 5 bilhões ao ano e que o Fundo Clima, a ser operado pelo banco, oferecerá taxas de juros mais competitivas para financiar a transição energética.