Putin, Zelensky, OTAN e Trump: O que está em jogo na guerra entre Ucrânia e Rússia?

Conheça as causas do conflito, suas principais consequências e a estratégia de Trump para pôr fim a guerra.

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Publicado em 02/03/2025 às 16:36h - Atualizado 12 horas atrás Publicado em 02/03/2025 às 16:36h Atualizado 12 horas atrás por Matheus Rodrigues
Nos últimos meses, Donald Trump tem buscado se posicionar como um potencial mediador (Imagem: Shutterstock)

📊 A guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, continua a ser um dos eventos mais impactantes da década, com repercussões profundas no cenário político, econômico e social mundial.

Com milhares de mortos, milhões de refugiados e um impacto significativo no mercado de commodities, o conflito se tornou uma peça central na disputa de influência entre o Ocidente e a Rússia.

Nos últimos meses, Donald Trump tem buscado se posicionar como um potencial mediador, tentando costurar um acordo entre Ucrânia e Rússia.

Mas quais foram as reais causas do conflito? Quais são suas principais consequências? E até que ponto Trump pode interferir nos rumos da guerra?

Origens e motivações para a guerra

Para entender o conflito, é essencial revisitar a história das relações entre Rússia e Ucrânia.

Ambas as nações compartilham laços históricos profundos, tendo suas origens na antiga "Rússia de Kiev" (entre os séculos IX e XIII).

Durante séculos, a Ucrânia fez parte do Império Russo e, posteriormente, da União Soviética, alcançando sua independência apenas em 1991, com o colapso da URSS.

A primeira grande tensão entre os dois países surgiu em 2014, com a anexação da Crimeia pela Rússia e o avanço de grupos separatistas pró-russos no leste ucraniano, especificamente na região de Donbass.

A justificativa de Putin para essas ações foi a "proteção da população russa" residente nessas áreas. Desde então, a Ucrânia tem buscado alianças estratégicas com o Ocidente, especialmente com a União Europeia e a OTAN, o que irritou profundamente o Kremlin.

A guerra de 2022 foi o resultado do agravamento dessas tensões. Para a Rússia, impedir que a Ucrânia se juntasse à OTAN era uma questão de segurança nacional.

Para os ucranianos, a adesão à organização era essencial para garantir proteção contra futuras agressões russas. Essa colisão de interesses culminou na invasão russa.

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Conflito militar e situação atual

Desde o início da invasão, a Ucrânia tem resistido, recebendo apoio militar e financeiro substancial dos Estados Unidos, da União Europeia e da OTAN.

Os contra-ataques ucranianos em 2022 e 2023 forçaram a Rússia a recuar em algumas frentes, embora Moscou ainda controle vastas regiões no leste e sul da Ucrânia.

Os ataques com drones se intensificaram de ambos os lados, atingindo até mesmo a capital russa, Moscou.

A guerra, que inicialmente era um conflito local, tem se transformado em uma disputa de influência global, com grandes potências se envolvendo de diferentes formas.

Atualmente, as tropas russas continuam suas ofensivas contra cidades ucranianas estratégicas, enquanto a Ucrânia tenta recuperar territórios ocupados.

O impasse militar e a falta de uma solução diplomática clara prolongam o sofrimento da população.

Impactos globais da guerra

A guerra não afeta apenas os territórios diretamente envolvidos. O impacto econômico foi devastador em vários setores:

  • Energia: A Europa foi fortemente impactada, devido à dependência do gás russo. O bloqueio europeu a produtos russos causou aumento nos preços da energia.
  • Alimentos: Ucrânia e Rússia são grandes exportadores de trigo, milho e óleo de girassol. O bloqueio de exportações elevou os preços dos alimentos globalmente.
  • Sanções: A Rússia enfrenta severas sanções ocidentais, que afetaram sua economia, mas não de forma suficiente para deter Putin.

No cenário político, a guerra gerou um realinhamento das alianças globais. A China e a Índia mantiveram relações comerciais com Moscou, enquanto os EUA e a União Europeia reforçaram seu apoio à Ucrânia.

Donald Trump e as tentativas de mediação

🚨 Nos últimos meses, Donald Trump tem tentado se posicionar como um mediador entre Ucrânia e Rússia.

Em um encontro na última semana com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Trump teria sugerido que a guerra poderia ser resolvida rapidamente com um acordo pragmático, no qual a Ucrânia fizesse concessões territoriais para a Rússia.

A postura de Trump tem gerado polêmicas. Enquanto alguns veem sua abordagem como uma tentativa de reduzir os gastos dos EUA com a guerra, outros argumentam que ceder território à Rússia seria uma derrota para a soberania ucraniana e um incentivo para futuras agressões de Putin.

A reação das autoridades foi imediata. Nos Estados Unidos, membros do Partido Republicano e Democrata expressaram preocupação com a abordagem de Trump, destacando que qualquer acordo que beneficie Putin poderia comprometer a credibilidade dos EUA como líder global.

Já o Kremlin recebeu a iniciativa de Trump com interesse, mas não demonstrou intenção de ceder nas negociações.

Na Ucrânia, a reunião gerou reações de forte descontentamento, especialmente entre parlamentares e militares que consideram qualquer concessão um retrocesso nas conquistas de guerra.

A população também demonstrou desconfiança quanto à intenção de Trump, temendo que os EUA reduzam o apoio militar ao país.

O futuro da guerra

📈A guerra entre Rússia e Ucrânia segue sem uma solução à vista. A diplomacia está travada, com a Rússia exigindo o reconhecimento da anexação das áreas ocupadas e a Ucrânia insistindo em sua integridade territorial.

O Ocidente segue apoiando Kiev, mas o custo desse suporte pode se tornar insustentável a longo prazo.