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Produção industrial fica estável no terceiro trimestre
Setor cresceu 0,1% em setembro. Por isso, acabou o trimestre com variação nula (0%)
Publicado em 01/11/2023 às 14:50h - Atualizado 1 mês atrás
Publicado em 01/11/2023 às 14:50h
Atualizado 1 mês atrás
A produção industrial brasileira cresceu 0,1% em setembro, na comparação com agosto. Com isso, fechou o terceiro trimestre com crescimento nulo (0%), o que deve afetar o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial brasileira caiu 0,3% em julho, mas subiu 0,2% em agosto e 0,1% em setembro. Por isso, acabou o trimestre na estabilidade.
O resultado foi sustentado pela produção de bens de consumo semi e não duráveis, que subiu 0,6% no trimestre. Já os outros segmentos industriais recuaram no período. A produção de bens de capital diminuiu 1,8%; a de bens de consumo duráveis, -0,3%; e a de bens intermediários, -0,2%.
O gerente da PIM (Produção Industrial Mensal) do IBGE, André Macedo, disse que o resultado trimestral reforça o comportamento de menor intensidade e de menor dinamismo que a indústria brasileira vem mostrando ao longo de 2023. No acumulado do ano, o setor registra queda de 0,2%. Já nos últimos 12 meses, o resultado também é nulo (0%).
Com esses dados, o IBGE calcula que a produção industrial brasileira ainda está 1,6% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Indústria afeta PIB
O economista André Perfeito comentou que os dados trimestrais da indústria "sugerem que o PIB do terceiro trimestre deve vir negativo após um primeiro semestre de expansão".
O Itaú, que projeta um PIB de -0,2% para o terceiro trimestre, acrescentou que "a produção industrial vem apresentando estabilidade nos últimos meses, tendência esta que deverá continuar à frente".
O PIB do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre e 1,8% no primeiro trimestre de 2023. O resultado do terceiro trimestre será divulgado em 5 de dezembro pelo IBGE. A expectativa do mercado é de que, no acumulado do ano, a economia brasileira cresça 2,89% em 2023.