Prévia da inflação: IPCA-15 sobe 0,20% em novembro e volta à meta

A taxa subiu 4,50% no acumulado em 12 meses, batendo no teto da meta de inflação.

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Publicado em 26/11/2025 às 09:23h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 26/11/2025 às 09:23h Atualizado 1 dia atrás por Marina Barbosa
Despesas pessoais pesaram, mas a alimentação no domicílio ajudou o IPCA-15 de novembro (Imagem: Shutterstock)
Despesas pessoais pesaram, mas a alimentação no domicílio ajudou o IPCA-15 de novembro (Imagem: Shutterstock)

A prévia da inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), subiu 0,20% em novembro.

💲 O resultado ficou ligeiramente acima do projetado pelo mercado, que esperava uma alta de 0,18% do indicador, similar à que havia sido registrada em outubro.

Ainda assim, o IPCA-15 acumulado em 12 meses recuou e voltou a ficar dentro da meta perseguida pelo BC (Banco Central), que é de 3%, mas tem um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA-15 acumulado em 12 meses cedeu de 4,94% em outubro para 4,50% em novembro, batendo no teto da meta pela primeira vez desde janeiro.

Impacto na Selic

Para analistas, o resultado do IPCA-15 reforça o processo de desinflação brasileiro, apesar de ter vindo ligeiramente acima do previsto.

O economista-chefe a Ativa Investimentos, Étore Sánchez, disse, então, que o dado não deve trazer maiores implicações para a política monetária.

A expectativa é de que os juros comecem a cair no próximo ano, devido ao recente recuo da inflação e das expectativas de inflação. 

No Boletim Focus desta semana, os analistas até cortaram de 12,25% pata 12,00% a expectativa para a Selic final de 2026.

Contudo, ainda há dúvidas sobre quando o ciclo de corte de juros vai começar, com os analistas se dividindo entre janeiro e março de 2026.

O que pressionou a prévia da inflação?

O IPCA-15 foi pressionado por despesas pessoais, de transporte e saúde em novembro, segundo o IBGE.

✈️ As passagens aéreas, por exemplo, dispararam 11,87%. Já os preços de hospedagem subiram 4,18%. E o plano de saúde teve um aumento de 0,50%.

O grupo de alimentação e bebidas também influenciou o resultado, pois voltou a crescer, depois de cinco meses de queda.

A alta foi de 0,09% e reflete o aumento da alimentação fora do domicílio (+0,68%), pois a alimentação no domicílio (-0,15%) seguiu em tendência de queda.

🥛 Os preços do leite longa vida, por exemplo, cederam 3,29% Já o arroz ficou 3,10% mais barato e as frutas caíram 1,60% no mês.

A conta de luz e os combustíveis, que vinham pressionando a inflação nos últimos meses, também cederam. Os preços da energia elétrica residencial recuaram 0,38%. Já a gasolina ficou 0,48% mais barata.

Veja o comportamento dos grupos do IPCA-15 em novembro:

  • Despesas pessoais: 0,85%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,29%;
  • Transportes: 0,22%;
  • Vestuário: 0,19%;
  • Alimentação e bebidas: 0,09%;
  • Habitação: 0,09%;
  • Educação: 0,05%;
  • Comunicação: -0,19%;
  • Artigos de residência: -0,20%.