⚽ A B3 (B3SA3), principal bolsa de valores do Brasil, tem olhado com atenção para a profissionalização dos clubes de futebol, com o mercado de capitais podendo exercer papel fundamental nesse processo.
Gilson Finkelsztain, presidente da B3, declarou recentemente que é necessário discutir os possíveis IPOs de clubes, ressaltando que o mercado de capitais não se restringe apenas ao equity, mas também abrange instrumentos de dívida, como debêntures e notas comerciais.
Durante o 3º Seminário Brasileiro sobre Futebol, SAF e Mercado de Capitais, Finkelsztain frisou a importância de trazer mais governança e profissionalismo ao futebol por meio dessas ferramentas financeiras.
O evento também marcou o lançamento do Instituto Brasileiro de Estudos e Desenvolvimento da Sociedade Anônima do Futebol (Ibesaf), na sede da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Rio de Janeiro.
Rodrigo Monteiro de Castro, presidente do Ibesaf, mencionou a possibilidade do primeiro IPO de um clube de futebol já no próximo ano, um movimento que pode trazer uma nova dinâmica para o setor esportivo no Brasil.
Lucineia Possar, diretora jurídica do Banco do Brasil, destacou que as emissões no modelo SAF, como as debêntures-fut, recentemente aprovadas pela CVM, irão contribuir significativamente para a melhoria da governança no futebol nacional.
Essa movimentação é vista como um divisor de águas para os clubes, que, com a captação de recursos no mercado de capitais, podem alcançar um novo nível de competitividade e transparência, aproximando-se de modelos bem-sucedidos adotados por grandes clubes internacionais.
📈 Com a recente criação das SAFs, o Brasil entra na rota de grandes investidores internacionais, algo que pode ser ainda mais intensificado com a abertura de capital dos clubes.
O IPO de times de futebol promete gerar um novo fluxo de investimentos para o esporte, trazendo, além de capital, uma exigência maior de transparência e gestão eficiente.
Especialistas acreditam que, com a profissionalização, o futebol brasileiro tem potencial para se aproximar dos níveis de governança e rentabilidade vistos nos principais mercados europeus.
A entrada dos clubes no mercado financeiro, por meio de IPOs e outros instrumentos de captação, pode criar um ambiente mais competitivo e sustentável para o desenvolvimento do futebol no país.
Na última quinta-feira (18), investidores estrangeiros retiraram R$ 664,666 milhões da Bolsa brasileira.
No fechamento da sessão, as ações da B3 registraram uma queda de 1,31%, sendo cotadas a R$ 11,33.
