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O presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, indicou nesta quinta-feira (7) que pretende continuar à frente do Banco Central dos Estados Unidos até 2026, quando termina o seu mandato.
Questionado por jornalistas, Powell disse que o presidente americano não pode demiti-lo ou rebaixá-lo para outra posição: "Não é permitido por lei".
O chairman do Fed ainda afirmou que não pretende renunciar ao cargo, mesmo se o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pedir a sua saída.
🏦 Powell foi indicado para a presidência do Fed em 2017 por Donald Trump. Depois, foi renomeado pelo presidente Joe Biden para um segundo mandato, que vai até maio de 2026.
Trump, no entanto, fez críticas a Powell durante o seu primeiro mandato. Além disso, ainda ventilou a possibilidade de demitir o chairman e alterar as regras de independência do Fed nessa campanha eleitoral.
Em entrevista em outubro, o então candidato à Casa Branca disse que os presidentes não deveriam ter permissão para definir o rumo dos juros, mas poderiam ter o "direito de fazer comentários sobre se as taxas de juros devem subir ou descer".
Leia também: Fed reduz ritmo e corta juros americanos em 0,25 p.p.
💲 Com a eleição de Trump, o mercado avalia que os juros americanos devem seguir em um patamar elevado, já que muitas das políticas defendidas pelo republicano têm potencial de pressionar a inflação dos Estados Unidos.
Jerome Powell garantiu, por sua vez, que a eleição não vai afetar o rumo da política monetária no curto prazo.
Segundo ele, o Fed não pode adivinhar, especular ou assumir quais serão os efeitos econômicos das políticas do próximo governo, nem prever como e quando essas medidas serão implementadas.
Powell admitiu, por sua vez, que, quando esse cenário estiver mais claro, o Fed vai incluir esses possíveis efeitos nas suas projeções.
O Fed cortou os juros americanos em 0,25 ponto percentual nesta quinta-feira (7), por notar um progresso da inflação em direção à meta anual de 2%.
Porém, deixou a porta aberta para as próximas decisões de juros, observando que "a perspectiva econômica é incerta".
Para o mercado, o Fed deve voltar a reduzir os juros em 0,25 ponto percentual na sua próxima reunião, em dezembro. Alguns analistas, no entanto, não descartam uma pausa nos cortes.
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