21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
Os planos de saúde devem ficar de 14% a 25% mais caros em 2024. O reajuste promete pesar no bolso dos usuários, mas pode ajudar algumas empresas do setor a reorganizar suas contas e, dessa forma, contribuir com os seus investimentos.
🩺 O CEO da Hapvida (HAPV3), Jorge Pinheiro, por exemplo, avisou nesta semana que os planos de saúde da companhia subirão a partir de maio. O reajuste será menor do que o de 2023, quando chegou a 18%. Contudo, ainda será de dois dígitos.
A expectativa é de que o aumento dos planos de saúde (e das receitas) contribua com a redução da taxa de sinistralidade da companhia, que passou dos 73% em 2022, mas caiu para 69,3% no quarto trimestre de 2023.
A perspectiva ajudou a impulsionar as ações da Hapvida nos últimos dias. Os papeis subiram 6,49% só na segunda-feira (1º), dia da apresentação dos resultados de 2023 e da declaração do CEO. Na semana, ganharam 7,30%.
Leia também: Mater Dei (MATD3) vai recomprar até 9,6 milhões de ações
💲 A taxa de sinistralidade mede a relação entre os gastos das empresas com assistência médico-hospitalar e as receitas recebidas, como contrapartida dos beneficiários. O indicador saltou na saída da pandemia de covid-19, quando os usuários voltaram a demandar os serviços dos planos de saúde. Contudo, começou a cair em 2023.
No terceiro trimestre de 2023, por exemplo, de cada R$ 100,00 recebidos pelas operadoras de planos de saúde via mensalidades, R$ 88,60 foram utilizados para custear despesas médico-hospitalares dos seus beneficiários. Por isso, a taxa de sinistralidade foi de 88,6%, segundo a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde).
Essa taxa, no entanto, havia sido de 89,7% no terceiro trimestre de 2021 e alcançou 93,2% no mesmo período de 2022. “Em 2023, observamos que o comportamento de uso está se aproximando daqueles registrados antes do período de pandemia, quando foi registrado severa redução de frequência de utilização”, comentou a líder de Advisory, Health e Human Capital da Aon Brasil, Rafaella Matioli.
De acordo com analistas, as empresas do setor de saúde ainda podem se beneficiar da queda dos juros e de um maior número de beneficiários neste ano de 2024.
Muitas das dívidas do setor estão atreladas ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que segue a Selic. A taxa Selic está em 10,75%, mas estava em 13,75% há um ano e deve cair para 9% até o fim de 2024, segundo as expectativas do mercado.
Já o número de usuários dos planos de saúde está em alta. De acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), 51 milhões de pessoas tinham planos de assistência médica ao final de 2023, quase 957,2 mil a mais que em 2022. E o setor espera ganhar mais de um milhão de novos beneficiários em 2024, com a redução do desemprego e da inflação.
“No cenário macro, a perspectiva é muito boa para as empresas do setor de saúde. O reajuste dos planos pode melhorar as margens dessas empresas e a redução da taxa de juros ajuda a descomprimir um pouco as dívidas”, afirmou o especialista da Valor Investimentos, Virgílio Lage.
“O setor de saúde deve se beneficiar de um cenário econômico mais favorável no Brasil. Além disso, produtos e serviços baseados no uso intensivo de dados e inteligência artificial devem trazer eficiência para as áreas assistenciais, operacionais e administrativas de todos os envolvidos no ecossistema de saúde”, acrescentou o analista da Benndorf Research, João Lucas Tonello.
Ainda assim, é recomendável monitorar o reajuste dos planos de saúde para saber se o índice será bem avaliado pelas empresas. E, se for usuário dos planos de saúde, preparar o bolso. Afinal, de acordo com estimativas de mercado, o reajuste pode variar de 14% a 25% em 2024.
O teto do reajuste dos planos de saúde individuais é definido pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Já os planos coletivos seguem regras próprias de reajuste, muitas vezes definidas em contrato.
Segundo a Aon, o reajuste dos planos corporativos deve ser de ao menos 14,1%, pois este foi a alta dos custos com saúde no Brasil em 2023. Alguns analistas, no entanto, projetam um reajuste de até 25%. O índice combina a inflação médica com a relação entre as despesas e receitas das operadoras de planos de saúde, explicou a líder de Advisory, Health e Human Capital da Aon Brasil, Rafaella Matioli.
De acordo com os especialistas, quem pretende investir no setor de saúde deve privilegiar empresas com maior fluxo de caixa e menor endividamento. Além disso, vale monitorar as companhias que oferecem planos de saúde odontológicos, pois esta é a modalidade que mais tem ganhado usuários ultimamente.
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
BTG Pactual reuniu as ações de crescimento que também mais pagam proventos aos seus acionistas