Pix: saiba o que é e quais são as regras em 2025

A digitalização acelerada dos serviços fez com que as pessoas buscassem soluções cada vez mais rápidas, seguras e baratas para movimentar o seu dinheiro.
Transferências bancárias tradicionais, como TED e DOC, não atendiam totalmente a essas demandas: eram limitadas a dias úteis, horários comerciais e muitas vezes estavam sujeitas a tarifas elevadas.
Em resposta a esses entraves, o Banco Central do Brasil lançou, em novembro de 2020, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que prometeu — e cumpriu — revolucionar o cotidiano financeiro dos brasileiros.
O que é Pix e como ele surgiu?
A ideia de um sistema de transferências instantâneas não surgiu do nada. O Banco Central já observava, há anos, iniciativas internacionais, como Instant Payments no Reino Unido, UPI na Índia e RTP nos Estados Unidos, que ofereciam liquidação em tempo real.
A partir dessas referências, o BC conduziu, em 2019, uma ampla consulta pública para entender as necessidades de diferentes segmentos (bancos, fintechs, empresas e consumidores) e moldar um modelo sob medida para o Brasil.
O principal diagnóstico era claro:
- Restrições de horário (TED e DOC só podem ser agendados e compensados em dias úteis, até um certo horário).
- Tarifas elevadas para pessoas jurídicas e, em alguns casos, até para pessoas físicas.
- Processos manuais que aumentavam custo operacional e tempo de liquidação.
- Baixa interoperabilidade entre instituições e ausência de um padrão único para pagamentos com QR Code.
Com todas essas limitações em mente, nasceu o Pix, um sistema integrado ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), mas operando em paralelo às tradicionais câmaras de compensação, para viabilizar a liquidação em segundos, 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem custo para pessoa física e com tarifas muito reduzidas para empresas.
Como funciona o Pix?
O Pix funciona como um sistema de pagamentos instantâneos, totalmente digital, que permite a realização de transferências e quitações de boletos em até 10 segundos, a qualquer dia e horário, inclusive finais de semana e feriados. Veja o passo a passo de uma operação típica:
1.Cadastro de chave Pix
- Você associa à sua conta-corrente ou poupança uma “chave” (CPF/CNPJ, e-mail, número de celular ou uma chave aleatória gerada pelo banco).
- Cada chave é única no sistema e simplifica o envio e recebimento de valores — em vez de digitar agência, conta e CPF, basta informar a chave.
2.Iniciação da transação
No app ou internet banking, você escolhe a opção Pix e indica:
- A chave da pessoa ou empresa beneficiária;
- O valor a ser transferido;
3.Autenticação e confirmação
- O sistema exibe o nome e os seis dígitos centrais do CPF/CNPJ do recebedor para você confirmar a quem está enviando.
- Você autentica com senha, biometria ou outro fator de segurança.
4.Liquidação instantânea
- Em poucos segundos, o valor sai da sua conta e cai na conta do recebedor.
- Ambos recebem notificações em tempo real.
5.Segurança e limites
- Para reduzir fraudes, cada dispositivo não registrado tem limite de R$ 200,00 por transação e R$ 1.000,00 por dia. Dispositivos cadastrados operam sem esses tetos.
- Transações atípicas são sinalizadas por sistemas antifraude dos bancos.
6.Funcionalidades extras
- Pix Saque e Pix Troco permitem obter dinheiro em espécie em estabelecimentos comerciais.
- O Pix Automático permite agendar pagamentos recorrentes, como débito automático.
Graças a essa arquitetura integrada ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, o Pix oferece velocidade, disponibilidade 24/7, baixo custo (gratuito para pessoas físicas) e ampla interoperabilidade entre bancos, fintechs e órgãos públicos.
Quais são as principais características do Pix?
Veja quais são as principais características do Pix - (Imagem: Freepik)
Desde seu lançamento, o Pix se destacou por quatro atributos centrais:
1.Instantaneidade: Tempo de liquidação de até 10 segundos em quase todos os casos. O destinatário vê o valor disponível imediatamente após a confirmação.
2.Disponibilidade 24/7: Transações possíveis a qualquer hora, inclusive feriados e finais de semana, diferentemente dos mecanismos antigos de transferência (DOC e TED).
3.Gratuidade para pessoas físicas: Usuários pessoas físicas realizam Pix sem tarifas bancárias em praticamente todos os bancos e fintechs, estimulando o seu uso em substituição a TED e DOC.
4.Interoperabilidade: Existe uma forte Integração de todas as instituições financeiras e de pagamento, garantindo o funcionamento do sistema.
Além desses quatro pilares, o Pix também trouxe inovações tecnológicas que reforçam segurança, usabilidade e inclusão financeira:
- Autenticações avançadas (biometria, reconhecimento facial, tokens de segurança).
- Notificações em tempo real no app bancário.
- Possibilidade de pagamentos por aproximação (via NFC) já em testes.
- PIX Saque e PIX Troco, permitindo retirada de dinheiro em estabelecimentos comerciais.
O que mudou com o surgimento do Pix?
Com o Pix, várias limitações históricas dos meios tradicionais de pagamento e transferência bancária foram eliminadas ou drasticamente reduzidas.
Veja os principais pontos de mudança:
1.Liquidação em tempo real
- Antes: TED e DOC dependiam de horários de compensação e podiam levar horas ou até dias úteis para serem concluídos.
- Agora: O Pix efetiva a transferência em até 10 segundos, independentemente de dia ou hora.
2.Disponibilidade 24 horas por dia, todos os dias
- Antes: As transferências só funcionavam em dias úteis, durante o horário bancário.
- Agora: O Pix opera 24 horas por dia, 7 dias por semana, incluindo feriados e finais de semana.
3.Gratuidade para pessoas físicas
- Antes: TED e DOC cobravam tarifas que podiam chegar a R$ 20,00 por operação, dependendo do banco e plano.
- Agora: Para pessoas físicas, quase todas as instituições oferecem o Pix sem custo, democratizando o acesso.
4.Novas modalidades de uso
- Pix Saque: Permite sacar dinheiro em estabelecimentos comerciais ao gerar um QR Code.
- Pix Troco: Possibilita obter troco em espécie ao efetuar uma compra.
- Pix Automático: permite agendamentos de pagamentos recorrentes, como débito automático.
Em resumo, o Pix modernizou o fluxo de recursos no Brasil, tornando-o mais rápido, barato, seguro e acessível, aspectos que são fundamentais para uma economia cada vez mais digital e dinâmica.
Quais são as diferenças entre TED e Pix?
O TED e o Pix são os dois métodos de transferência eletrônica disponíveis aqui no Brasil, mas que possuem características e regras bem distintas.
Abaixo, você encontra uma explicação detalhada de cada um e, em seguida, uma tabela comparativa resumindo os principais pontos de diferença.
Transferência Eletrônica Disponível (TED)
- Horário de funcionamento: somente em dias úteis, tipicamente das 6:30h até as 17h.
- Liquidação: Em até 30 minutos após a autorização, desde que a ordem seja feita dentro do horário permitido.
- Custo para pessoas físicas: É cobrado um valor por operação, que pode variar dependendo do banco e do pacote de tarifas.
- Custo para pessoas jurídicas: Geralmente mais alto que para PF, também variável conforme negociação.
- Limite mínimo/máximo: Sem valor mínimo ou máximo pré-definido pelo Banco Central, cada banco pode impor seus próprios limites.
- Informações necessárias: Agência, conta, CPF/CNPJ do beneficiário e nome completo.
Pix
- Horário de funcionamento: 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive feriados.
- Liquidação: Instantânea (até 10 segundos, em praticamente todos os casos).
- Custo para pessoas físicas: Gratuito na maior parte das instituições.
- Custo para pessoas jurídicas: Tarifa reduzida, geralmente entre R$ 0,50 e R$ 2,00, ou então, até 2% do valor transferido.
- Limite: Depende de configuração do banco; sem teto geral obrigatório, mas com alguns limites de segurança.
- Informações necessárias: Basta informar a “chave Pix” (CPF/CNPJ, e-mail, celular ou chave aleatória) ou então, usar um QR Code, para escanear.
- Segurança: Confirmação de nome e CPF/CNPJ antes da conclusão, limitação de acessos em dispositivos não cadastrados, autenticação multifator e monitoramento antifraude.
Para resumir de forma que fique visualmente mais fácil de compreender as diferenças entre cada modelo de transferência, preparamos a tabela abaixo:
Aspecto |
TED |
Pix |
Disponibilidade |
Dias úteis, 06:30 até 17 h |
24/7, incluindo finais de semana e feriados |
Liquidação |
Em até 30 min (dia útil) |
Instantânea (até 10 s) |
Custo (Pessoa Física) |
Normalmente, entre R$ 5,00 e 20,00. |
Gratuito |
Custo (Pessoa Jurídica) |
Variável, geralmente alto |
R$ 0,50 a 2,00; ou então, até 2% do valor |
Informações necessárias |
Agência, conta, CPF/CNPJ, nome |
Chave Pix ou QR Code |
Suporte a QR Code |
Não |
Sim (estático e dinâmico) |
Quem pode fazer Pix?
Veja quem pode fazer Pix - (Imagem: Freepik)
Para quem ainda não está familiarizado com o Pix, uma das primeiras dúvidas costuma ser quem, de fato, pode utilizá-lo.
A resposta é surpreendentemente simples: qualquer pessoa física ou jurídica com uma conta-corrente, conta-poupança ou conta de pagamento em uma instituição financeira credenciada pode enviar e receber recursos via Pix.
Em geral, bancos e fintechs não cobram tarifas das pessoas físicas por essas transações, tornando o Pix uma alternativa econômica às transferências tradicionais.
Já as empresas podem enfrentar cobranças, que variam conforme a política de cada instituição, mas costumam ser competitivas se comparadas às taxas de TED ou maquininhas de cartão.
Além dos correntistas, o Pix foi concebido para atender também aos estabelecimentos comerciais. Lojas, restaurantes e prestadores de serviço passaram a aceitar pagamentos em tempo real, gerando um canal direto de recebimento sem a necessidade de equipamentos adicionais de débito ou crédito.
Essa facilidade tem um impacto significativo na redução de custos operacionais, pois elimina tarifas de adquirência e agiliza o fluxo de caixa, beneficiando principalmente pequenos e médios comerciantes.
O setor público, por sua vez, integra-se ao Pix para modernizar a cobrança de tributos e taxas. Prefeituras, governos estaduais e órgãos federais já podem emitir boletos com QR Code ou disponibilizar chaves Pix para recolhimento de IPTU, IPVA, multas e até mesmo da taxa de passaporte.
A vantagem é evidente: o pagamento cai na conta do ente público em segundos, reduzindo atrasos e erros de compensação. Da mesma forma, concessionárias de serviços essenciais – como água, luz, telefone e gás – começaram a adotar o Pix para oferecer ao consumidor uma forma mais ágil e confiável de quitar suas contas, superando a demora que ainda pode ocorrer nos sistemas de compensação de boletos tradicionais.
Em resumo, o Pix foi desenhado para ser um sistema de pagamento verdadeiramente inclusivo. Desde o microempreendedor individual até grandes corporações, todos ganham com a simplicidade de operação, a velocidade da transação e a possibilidade de encerrar obrigações financeiras em qualquer dia e horário.
À medida que mais instituições, públicas e privadas, se habilitam para operar com o Pix, a tendência é que ele se consolide como o principal meio de transferir e receber valores no Brasil.
Preocupação com a segurança do Pix
Garantir a proteção dos usuários e coibir fraudes no Pix tornou-se uma prioridade absoluta tanto para o Banco Central quanto para os bancos e fintechs que operam o sistema.
Em novembro de 2024, entrou em vigor a exigência de que qualquer dispositivo, seja ele, smartphone, tablet ou computador, que nunca tenha sido usado para fazer Pix passe a operar sob limites automáticos de valor.
Em cada transação oriunda de um aparelho não cadastrado, o máximo permitido é de R$ 200,00 e o total diário não pode ultrapassar R$ 1.000,00.
Esse mecanismo cria uma barreira imediata contra acessos indevidos em dispositivos não reconhecidos, forçando o usuário a concluir o registro do aparelho no app do banco antes de ampliar seus limites.
Ao mesmo tempo, as instituições financeiras reforçaram as camadas de autenticação. Além da senha ou do PIN, tornou-se comum exigir um segundo fator de verificação, seja por código enviado via SMS ou e-mail, ou biometria facial.
Por fim, a adoção de inteligência artificial nos sistemas de monitoramento tem permitido mapear padrões de uso e identificar rapidamente tentativas de fraude. Se um perfil de movimentação foge ao histórico do usuário, transferências em horários incomuns, por exemplo, o sistema pausa a operação e aciona fluxos de checagem adicionais.
Com essas medidas combinadas, o Pix evolui permanentemente, oferecendo a agilidade que o mercado exige sem abrir mão de uma segurança de primeira linha.
Quais instituições aceitam Pix?
Praticamente toda instituição financeira habilitada pelo Banco Central já oferece Pix como opção de pagamento e transferência.
Os grandes bancos — Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco Safra — implementaram o sistema desde o seu lançamento, mas a lista vai muito além dos “tradicionais”. Fintechs como Nubank, C6 Bank, Inter e Mercado Pago, por exemplo, popularizaram o Pix junto a milhares de novos usuários.
Na esfera corporativa e pública, redes de varejo e grandes marketplaces integram o Pix ao caixa, e até carteiras digitais “offline”, como PicPay e Ame Digital, permitem envio e recebimento instantâneos sem precisar de conta-corrente convencional.
Prefeituras e órgãos federais — incluindo a Receita — já emitem boletos com QR Code Pix para IPTU, IPVA e até passaporte, demonstrando que o sistema atende não só a clientes bancários, mas também a empresas, associações e governos.
Como se cadastrar no Pix?
Como se cadastrar no Pix - (Imagem: Freepik)
Para começar a usar o Pix, você precisa, antes de tudo, ter uma conta-corrente, conta-poupança ou conta de pagamento em qualquer banco, fintech ou cooperativa de crédito que ofereça esse serviço.
Com a conta ativa, o processo de cadastramento da sua chave Pix é simples e acontece inteiramente pelos canais digitais da instituição, ou seja, pelo próprio aplicativo, internet banking ou portal web.
No app do banco, basta acessar o menu de pagamentos e escolher “Pix”. A partir daí, você verá a opção “Minhas chaves” ou “Cadastrar chave”. Em seguida, selecione o tipo de chave que deseja usar (CPF, e-mail, número de celular ou mesmo uma chave aleatória gerada pelo sistema) e confirme o dado correspondente.
Se estiver vinculando um e-mail ou telefone, o banco enviará um código de verificação para o canal escolhido; digite esse código no app para concluir o registro.
Já no caso de CPF ou chave aleatória, o próprio sistema fará a confirmação interna, muitas vezes exigindo apenas a autenticação com sua senha ou biometria.
Em poucos segundos, essa chave estará ativa para fazer e receber transferências de forma simples e rápida.
O que é chave Pix?
A chave Pix é o “apelido digital” que você registra para simplificar a identificação da sua conta no sistema.
Em vez de compartilhar a cadeia de números de agência e conta, basta informar uma dessas chaves — que pode ser o seu CPF, o e-mail, o número de celular ou mesmo uma sequência totalmente aleatória gerada pelo banco.
Quando alguém digita essa chave no app de um banco, o sistema associa imediatamente ao seu cadastro, exibe seu nome e os dígitos centrais do CPF/CNPJ para você confirmar antes de concluir a operação, e faz a transferência em segundos.
Cada chave é única em todo o Brasil e só pode pertencer a uma conta por vez; assim, o risco de enviar dinheiro para o destinatário errado é drasticamente reduzido. Além disso, quem prefere privacidade pode escolher a chave aleatória, já que ela não revela qualquer dado pessoal.
Como fazer a portabilidade da chave Pix?
A portabilidade de chave Pix é o processo que permite ao usuário transferir uma chave que já está registrada em uma instituição financeira para outra de sua preferência, sem precisar apagar e recriar o vínculo.
Esse procedimento é ideal para quem deseja concentrar suas transações em um banco ou fintech que ofereça melhores condições — seja em atendimento, tarifas para pessoa jurídica ou recursos extras no app.
Veja como funciona:
Quando você decide migrar a sua chave (por exemplo, o seu CPF ou número de celular) de um banco “A” para um banco “B”, não é preciso excluí-la manualmente; basta fazer o pedido de portabilidade diretamente no banco de destino.
No app ou internet banking do banco “B”, acesse a área de Pix, escolha “Minhas chaves” e então “Portabilidade de chave”. Ali, você informará qual das suas chaves deseja transferir (CPF, e-mail, telefone ou aleatória) e a instituição de origem.
Ao confirmar, o banco “B” envia uma solicitação eletrônica ao Banco Central, que notifica o banco “A” para liberar a chave. Em poucos minutos (normalmente, dentro de 24 horas), o seu registro é migrado: a chave deixa de constar na plataforma do antigo banco e passa a aparecer na sua lista de chaves ativas no banco novo.
Ao final do processo, todas as solicitações de Pix enviadas à sua chave passarão a chegar na conta que você indicou no banco “B”. Não há custo para o cliente, pois toda a operação se dá internamente entre o Banco Central e as instituições participantes.
Assim, a portabilidade de chave Pix oferece muita flexibilidade e mantém a simplicidade do sistema: você não perde tempo apagando e recriando chaves, nem corre risco de ficar sem receber pagamentos durante o processo.
Como usar o Pix?
Como usar o Pix - (Imagem: Freepik)
Para começar a usar o Pix, você precisa apenas de uma conta ativa (corrente, poupança ou conta de pagamento) em qualquer instituição habilitada, e ter cadastrado pelo menos uma “chave” Pix (CPF, e-mail, telefone ou chave aleatória).
A partir daí, toda a operação se faz dentro do próprio aplicativo ou internet banking, sem necessidade de papel ou equipamentos extras.
Quando for transferir dinheiro para um amigo ou familiar, basta acessar o menu de pagamentos e escolher “Pix”. Logo em seguida, ao invés de digitar agência e conta, você informa a chave do destinatário — por exemplo, o número de celular que ele cadastrou.
O sistema já traz automaticamente o nome da pessoa e os seis dígitos centrais do CPF, para que você confirme estar enviando ao destinatário correto.
Ao inserir o valor e autorizar com sua senha ou biometria, o dinheiro cai em segundos na outra conta, mesmo que o banco do destinatário seja diferente.
Por sua vez, pra pagar uma conta no comércio, o estabelecimento costuma apresentar um QR Code na tela do caixa ou impresso no seu recibo de compra. Você abre o Pix, escolhe “Pagar com QR Code” e aponta a câmera do celular para o código. Em seguida, verifica o valor, confirma os dados do recebedor e conclui a operação. Instantaneamente, o lojista recebe a confirmação, e você tem o comprovante digital arquivado no app.
Se precisar receber dinheiro — seja para uma venda de itens usados, um serviço que você prestou ou mesmo o rateio de uma despesa —, você pode gerar um QR Code estático diretamente no seu app.
Após gerar o código QR, compartilhe a imagem e aguarde as pessoas usar o Pix para lhe pagar. Quem escanear aquele QR Code vê seu nome e sua instituição antes de confirmar.
O que é Pix QR Code?
Um Pix QR Code é um código gráfico bidimensional padronizado pelo Banco Central que encapsula todas as informações necessárias para realizar um pagamento ou transferência via Pix de forma rápida e segura.
Basta apontar a câmera do celular ou capturar a imagem do QR Code pelo aplicativo bancário para que ele leia imediatamente:
- Chave Pix (CPF/CNPJ, e-mail, telefone ou chave aleatória) ou dados completos de agência e conta, quando não se usa chave;
- Valor da transação, caso o comerciante queira cobrar um valor fixo ou defina um intervalo mínimo e máximo;
- Identificação do recebedor, com CNPJ ou razão social, para você confirmar quem está recebendo antes de autorizar.
Existem dois tipos principais de Pix QR Code:
Estático
- Contém sempre a mesma informação (chave e, opcionalmente, valor).
- Ideal para placas fixas em balcões, recibos impressos ou sites, quando o valor costuma ser sempre o mesmo (ex.: buffet, estacionamento, bazar de igreja).
- O pagador pode editar o valor no app, caso queira pagar quantias diferentes, desde que o estabelecimento permita.
Dinâmico
- Gera-se “na hora”, com dados de cobrança específicos (valor exato, finalidade, vencimento).
- Muito usado em e-commerce e para boletos com Pix: cada transação recebe um QR Code único.
- Permite incluir mais informações, como identificação de pedido ou detalhamento de produtos.
Quais as vantagens do Pix?
O Pix reúne uma série de benefícios que o tornaram rapidamente o meio preferido de pagamentos e transferências no Brasil. Entre as principais vantagens, destacam-se:
- InstantaneidadeAs transações são liquidadas em até 10 segundos, sem depender de dias úteis ou horário bancário. Isso elimina atrasos e garante que o destinatário receba o valor imediatamente.
- Disponibilidade 24/7Você pode transferir ou pagar a qualquer hora, inclusive finais de semana e feriados — algo impossível com TED e DOC.
- Custo zero para pessoas físicasQuase todos os bancos oferecem o Pix sem tarifa para clientes de pessoa física, gerando economia significativa ao longo do ano.
- Tarifas reduzidas para empresasPara quem usa conta jurídica, as cobranças por transação são baixas (geralmente entre R$ 0,30 e R$ 0,80) e negociáveis conforme volume, reduzindo o custo operacional.
- Segurança reforçadaExibição de nome e parte do CPF/CNPJ do beneficiário antes da confirmação, autenticação multifator (senha + biometria ou token) e limites automáticos para dispositivos não cadastrados dificultam fraudes.
- Praticidade e conveniênciaBasta informar uma “chave” Pix — CPF/CNPJ, e-mail, celular ou chave aleatória — ou escanear um QR Code para concluir pagamentos em poucos segundos, sem decorar longas sequências de números.
Em conjunto, essas vantagens transformam a forma como movimentamos dinheiro, tornando o dia a dia mais ágil, econômico e seguro.
Vale a pena usar o Pix?
Usar o Pix hoje é praticamente uma obrigatoriedade na vida financeira de qualquer pessoa ou empresa no Brasil.
Em vez de esperar o expediente bancário ou recorrer a tarifas que costumavam girar de R$ 10,00 a R$ 20,00 por transferência, você paga zero para enviar recursos em segundos, a qualquer hora — mesmo aos sábados, domingos e feriados.
Essa economia de tempo se traduz em menos dor de cabeça para quitar contas de última hora, dividir despesas entre amigos ou receber vendas de forma imediata.
Do ponto de vista do controle de gastos, deixar de arcar com tarifas de TED e DOC libera uma pequena fortuna ao longo do ano. Já para quem tem comércio ou presta serviços, a liquidez instantânea melhora o fluxo de caixa e elimina taxas de adquirência, beneficiando o orçamento do negócio.
A segurança também foi reforçada: antes de cada transferência, o aplicativo exibe o nome e parte do CPF/CNPJ do destinatário, minimizando erros; a autenticação multifator e os limites automáticos em novos dispositivos dificultam fraudes; e o monitoramento em tempo real identifica transações atípicas.
Em um mundo onde agilidade, economia e segurança são cada vez mais valiosos, o Pix oferece exatamente esse pacote — não por acaso se tornou, em poucos anos, o principal meio de transferir e receber valores no país.
Se você ainda não adotou, está perdendo flexibilidade e poupança; e se já faz parte do universo Pix, sabe que não há volta para as antigas barreiras dos sistemas tradicionais.
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