Smart Fit (SMFT3) tem lucro de R$ 177 milhões no 3T25, alta de 43%
O número de alunos chegou a 5,2 milhões, alta de 8% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
A gestora Patria Investimentos decidiu se desfazer de pelo menos metade das ações que tem da Smartfit (SMFT3), informou na manhã desta quarta-feira (19). Segundo a gestora de investimentos, serão colocados à venda 36 milhões de papéis, hoje cada um avaliado em cerca de R$ 24.
Para concluir a operação, a Patria fechou um contrato com o Bank of America, que vai executar a ordem em blocos, com deságio de 2,3%. A expectativa é que a transação movimente mais de R$ 800 milhões no mercado de capitais.
Essa não é a primeira vez que a gestora vende sua participação na rede de academias neste ano. Em maio, fechou a venda de 98 milhões de ações, quando levantou cerca de R$ 2,3 bilhões, conforme informações divulgadas à época.
Foi neste momento que assinou um termo em que se comprometeu a manter a carteira no mesmo formato por pelo menos seis meses. O acordo venceu nesta semana, então a Patria voltou a vender os papéis que detinha na carteira.
Antes da venda, o fundo da Patria era um dos maiores acionistas da rede de academias, com quase 13% do capital votante. O montante só era inferior ao da família Corona, que tem cerca de 15% do capital social.
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Os papéis da companhia começaram a ser negociados mais tarde no pregão de hoje, porque entraram em leilão no contexto da venda. A abertura do ticker foi realizada por volta das 11h, quando finalizou o prazo estimado para que a venda fosse concluída no balcão, evitando causar prejuízos à cotação.
No fechamento desta reportagem, as ações da Smartfit eram negociadas com alta de 2,3% na B3. Por volta das 12h, os papéis operavam na casa de R$ 24,50, chegando a uma alta acumulada de quase 50% no ano.
Para muitos analistas do mercado, mesmo com a valorização anual impressionante, a Smart Fit continua sendo um bom ativo para investimentos. Um relatório do JP Morgan diz, por exemplo, que a companhia tem ao menos a possibilidade de dobrar sua presença na América Latina, sobretudo em países como Brasil e México.
“No contexto geral, vemos essa possível venda de ações mais como um peso temporário no preço do que como uma indicação de que o patrocinador financeiro está saindo, dada a limitada valorização futura. Assim, acreditamos que um possível desconto representaria uma boa oportunidade de entrada”, escreveram os analistas do JP Morgan em relatório.
No geral, as casas de análise projetam um crescimento de 20% nos papéis, como é o caso da Empiricus, que vê o ativo negociando a R$ 29. Já a Ativa é ainda mais otimista, estimando R$ 36 no ano que vem.
O último projeto de expansão da Smartfit foi o desembarque em um novo continente e, para isso, elegeu a África. No último mês de junho, a marca abriu sua primeira unidade na cidade de Casablanca, em Marrocos, com previsão de outras quatro nos próximos meses.
“A energia que já espalhamos em diversos países da América Latina agora atravessa o oceano para alcançar um lugar completamente novo, com uma cultura rica, uma língua diferente e uma nova comunidade pronta para se conectar com a Smart Fit”, disse a nota da empresa. “Por isso, analisamos cada mercado com profundidade antes de atuar. Respeitamos as particularidades culturais, sociais e econômicas de cada país, adaptando nosso modelo de negócio sem abrir mão da qualidade, acessibilidade e experiência que tornam a Smart Fit única”, continuou.
O número de alunos chegou a 5,2 milhões, alta de 8% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
O montante poderá ser elevado em até 20%, dependendo da demanda.