Pagar com Bitcoin (BTC)? Binance lança cartão de criptomoedas com cashback no Brasil

Novo cartão tem conversão em tempo real e promete facilitar a adoção das criptos ao redor do país.

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Publicado em 01/10/2025 às 11:12h - Atualizado 8 minutos atrás Publicado em 01/10/2025 às 11:12h Atualizado 8 minutos atrás por Wesley Santana
Binance é uma exchange fundada na China, mas que atua em diversos países (Imagem: Shutterstock)
Binance é uma exchange fundada na China, mas que atua em diversos países (Imagem: Shutterstock)

Nesta quarta-feira (1º), a Binance anunciou o relançamento do seu cartão de criptomoedas no Brasil. O país é o primeiro da América Latina a receber o Binance Card, feito em parceria com a Mastercard.

O cartão da corretora de criptomoedas retorna ao mercado nacional oferecendo cashback de 2% aos usuários, depois de quase dois anos desde que foi descontinuado. Ele é aceito em milhares de estabelecimentos ao redor do país, em razão de sua bandeira. 

O grande diferencial desta versão é que ele faz a conversão das criptomoedas em tempo real, na hora da compra. Desta forma, caso o usuário tenha saldo em Bitcoin (BTC) e queira pagar em real, o pagamento é autorizado da mesma forma. 

O cartão chega com suporte para 10 tokens diferentes, incluindo stablecoins como dólar digital (USDC) e Tether (USDT). Tanto a emissão quanto a manutenção do cartão não têm taxas.

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Segundo a exchange, os consumidores vão pagar 1% nos processos de conversão de criptos para reais. No caso do uso no exterior, a taxa sobe até 2%, dependendo do país onde o cartão será usado. 

Já quem cancelar o cartão antes de completar um ano  deve arcar com um custo de R$ 30, segundo a empresa. Saques em caixas eletrônicos são cobrados em US$ 1,5, a partir da terceira operação.

O relançamento do serviço no Brasil marca a estratégia da Binance para a América Latina, começando pelo seu maior mercado na região. Segundo Guilherme Nazar, vice-presidente regional, a forte liderança no número de usuários somado a regulamentação que existe no Brasil foram fundamentais para a decisão da empresa de desbravar o país. 

“A Binance não descobriu o Brasil, é um país estratégico para qualquer indústria porque é o maior mercado da América Latina”, comentou Nazar, em entrevista ao Money Times. “Nós escolhemos o Brasil como primeiro país do portfólio para ter esse cartão entre mais de 100 outros. E justamente porque é um dos nossos principais dez mercados”.

Ele entende que oferecer um cartão pode aproximar à população das criptomoedas e reduzir o atrito que os futuros clientes podem vir a ter. Além disso, reforça a aproximação das finanças descentralizadas do mercado financeiro tradicional. 

“O cartão ajuda a desmistificar as criptomoedas, tirando aquela ideia de que criptomoedas são para um público que já tem grana. É para todos os públicos”, continua. “E o cartão é uma das maneiras que a gente entende que pode intensificar e alavancar a adoção”.