Ozempic genérico pode turbinar ações de empresa em 30%, projeta Bradesco

Empresa é a primeira a pedir autorização à Anvisa para produzir a versão genérica do remédio que domina o mercado de diabetes e emagrecimento.

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Publicado em 17/10/2025 às 17:16h - Atualizado 10 horas atrás Publicado em 17/10/2025 às 17:16h Atualizado 10 horas atrás por Wesley Santana
Ozempic é um medicamento usado para diabetes e para emagrecimento (Imagem: Shutterstuck)
Ozempic é um medicamento usado para diabetes e para emagrecimento (Imagem: Shutterstuck)

Na contagem regressiva para o lançamento de versões genéricas do Ozempic, quem sai na frente é a Hypera (HYPE3). Pelo menos essa é a opinião do Bradesco BBI, que elevou sua recomendação de compra para os papéis da farmacêutica brasileira.

Os analistas do banco de investimentos colocaram um preço-alvo de R$ 28 para as ações da companhia, o que representa uma potencial alta de 30% em relação ao preço atual. Nesta sexta, o ticker é negociado por cerca de R$ 22, com alta de quase 2% no dia, de acordo com dados da B3.

O BBI destacou que a entrada da companhia no setor de genéricos de semaglutida é um dos motivos que o fizeram elevar a recomendação para os papéis. Além disso, o foco na otimização do capital de giro também trabalha a favor da empresa, que hoje vale quase R$ 20 bilhões na bolsa.

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Embora haja outros concorrentes que podem aproveitar a queda da patente da Novo Nordisk, os analistas destacaram que a Hypera foi a primeira a apresentar um pedido formal à Anvisa para produção do medicamento. Por isso, a expectativa é que a agência reguladora dê prioridade à solicitação da companhia em detrimento de suas rivais EMS e Eurofarma.

Entre outros pontos, eles também destacaram os números financeiros da empresa, que vêm surpreendendo o mercado.

“O sell-out de Ozempic/Wegovy chegou a R$ 4,9 bilhões nos últimos 12 meses até setembro, crescendo mais de 30% em relação ao ano anterior e representando cerca de 6% do mercado endereçável de R$ 80 bilhões da Hypera”, ressalta o relatório. “A companhia também alcançou sua meta de 60 dias de contas a receber, sem qualquer impacto relevante em seu desempenho de sell-out, que cresceu em linha com o mercado endereçável no período”, continua.

Mesmo com a queda brusca que apresentou em agosto, a empresa não fica devendo aos seus investidores. No acumulado deste ano, as ações registram uma valorização de 20%, segundo dados da B3.