Possibilidade de cessar-fogo em Gaza faz preço do petróleo recuar
Preço do petróleo por barril chegou a cair mais de R$ 10
A ONU (Organização das Nações Unidas) fechou sua sede em Israel, na Jerusalém Ocidental, depois de ataques de cidadãos israelenses.
Segundo o órgão, a unidade dedicada aos refugiados palestinos vinha sofrendo ataques violentos nas últimas semanas. A noite esta quinta (9) foi o ápice para a unidade que foi incendiada duas vezes, conforme destacou Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente).
"Nesta noite, residentes israelenses incendiaram duas vezes o perímetro da sede da UNRWA na Jerusalém Oriental ocupada", escreveu Lazzarini nas redes sociais. "Uma multidão acompanhada por homens armados foi vista do lado de fora do complexo entoando 'Queimem as Nações Unidas’”, completou.
🚗 Leia também: EUA prepara aumento de tarifa para carros elétricos chineses, diz jornal
Ele também afirmou que, no momento do ataque, funcionários do órgão e de outras verticais da ONU estavam no local, que abriga postos de gasolina e diesel.
"Embora não tenha havido vítimas entre nosso pessoal, o incêndio causou danos extensos às áreas externas", disse Lazzarini sobre o incêndio, que foi contido pelos próprios funcionários da agência.
O responsável pela missão na Palestina afirmou que a agência tem sofrido retaliação dos residentes extremistas há dois meses, com diversos protestos repetidos. De acordo com ele, houve casos em que os manifestantes atiraram pedras nos funcionários da ONU.
“Nos últimos meses, o pessoal da ONU tem sido regularmente alvo de assédio e intimidação. Nosso complexo foi seriamente vandalizado e danificado. Em várias ocasiões, extremistas israelenses ameaçaram nosso pessoal com armas”, pontuou.
“É responsabilidade do Estado de Israel, na qualidade de poder ocupante, garantir que o pessoal e as instalações das Nações Unidas sejam protegidos em todos os momentos”, frisou Lazzarini.
Também nesta sexta, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma extensão de direitos à Palestina. Com 143 votos a favor, 9 contra e 25 abstenções, os representantes de todos os países que compõe o órgão opinaram sobre a reconsideração do pedido formal de adesão da região à organização.
O projeto original foi apresentado pelos Emirados Árabes Unidos e apoiado por 40 países inicialmente. Na sessão de hoje, o Brasil votou pela aprovação, junto com nações como Portugal, Japão, Austrália e África do Sul. Já os Estados Unidos, Israel e Argentina foram alguns dos que votaram contra a proposta.
“É responsabilidade do Estado de Israel, na qualidade de poder ocupante, garantir que o pessoal e as instalações das Nações Unidas sejam protegidos em todos os momentos”, afirmou Lazzarini na publicação, fazendo um apelo a “todos que têm influência para pôr fim a esses ataques e responsabilizar todos os responsáveis”.