O 'novo DeepSeek' agora é da Meta: Entenda a compra bilionária da startup Manus

A transação, embora não tenha tido seus valores oficiais revelados, é estimada por fontes próximas ao negócio entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões.

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Publicado em 30/12/2025 às 16:54h - Atualizado 14 minutos atrás Publicado em 30/12/2025 às 16:54h Atualizado 14 minutos atrás por Matheus Silva
A Meta passará a operar e vender o serviço Manus globalmente (Imagem: Shutterstock)
A Meta passará a operar e vender o serviço Manus globalmente (Imagem: Shutterstock)
🚨Em um movimento estratégico para consolidar sua liderança na revolução tecnológica, a Meta (M1TA34) anunciou, na última segunda-feira (29), a aquisição da Manus, uma startup de inteligência artificial que se tornou a sensação do setor no início deste ano.
A transação, embora não tenha tido seus valores oficiais revelados, é estimada por fontes próximas ao negócio entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões. A Manus ganhou fama global ao ser descrita por especialistas como o "novo DeepSeek".
Fundada originalmente na China, mas com sede atual em Singapura, a empresa viralizou nas redes sociais após lançar o que especialistas chamam de o primeiro agente de IA geral do mundo.
Diferente dos chatbots tradicionais, como o ChatGPT, a tecnologia da Manus é capaz de tomar decisões e executar tarefas complexas de forma autônoma, exigindo muito menos comandos humanos para entregar resultados sofisticados.

A fuga das tensões geopolíticas e o salto para Singapura

A trajetória da Manus reflete o atual clima de incerteza entre as potências globais. Apesar de ter sido aclamada pela televisão estatal chinesa em seu lançamento, a startup optou por transferir sua sede para Singapura poucos meses depois.
A mudança seguiu uma tendência de empresas de tecnologia que buscam mitigar riscos decorrentes das tensões comerciais e políticas entre Estados Unidos e China.
Curiosamente, os produtos da Manus nunca estiveram disponíveis no mercado chinês. A empresa foca no mercado global e afirma categoricamente que o desempenho de seus agentes supera ferramentas de peso, como o DeepResearch da OpenAI. 
Antes de ser comprada pela Meta, a Manus mantinha uma parceria estratégica com a Alibaba (BABA), colaborando no desenvolvimento de modelos de linguagem avançados.

O que esperar do Meta AI em 2026

Mark Zuckerberg não pretende manter a Manus como uma unidade isolada. A Meta informou que integrará a tecnologia da startup em todo o seu ecossistema, incluindo o Meta AI, Facebook, Instagram e WhatsApp.
O objetivo é transformar a IA de uma ferramenta de "pergunta e resposta" em um verdadeiro assistente executivo capaz de realizar ações práticas para os usuários, tanto no segmento de consumo quanto para empresas.
De acordo com o comunicado da gigante das redes sociais, a Meta passará a operar e vender o serviço Manus globalmente. 
Gigantes da tecnologia têm aumentado os investimentos em IA por meio de aquisições estratégicas e contratações de talentos, à medida que enfrentam a acirrada concorrência do setor, destacam analistas que acompanham a movimentação.
A compra sinaliza que a Meta está disposta a queimar caixa para não perder o bonde da "IA de Agentes", que promete ser a grande tendência de 2026.
📊 Se a Manus realmente entregar a autonomia que prometeu no X (antigo Twitter), a Meta pode ter em mãos o diferencial necessário para superar a OpenAI e o Google na disputa pela preferência do usuário final.