Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, vai investir R$ 6,4 bilhões em fábrica em Minas

Empresa prevê dobrar a capacidade produtividade no complexo mineiro

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Publicado em 07/04/2025 às 17:10h - Atualizado 5 minutos atrás Publicado em 07/04/2025 às 17:10h Atualizado 5 minutos atrás por Wesley Santana
Novo Nordisk é a maior farmacêutica da Europa (Imagem: Shutterstock)

A farmacêutica Novo Nordisk (N1VO34), fabricante do Ozempic, anunciou nesta segunda-feira (7) um investimento de R$ 6,4 bilhões em sua operação no Brasil. A companhia dinamarquesa vai usar o dinheiro para ampliar sua fábrica localizada em Montes Claros, interior de Minas Gerais.

💉 Segundo a empresa, será aumentada especialmente a capacidade de produção de medicamentos injetáveis, caso do Ozempic e do Wegovy. A empresa também mantém uma lista de fármacos disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O anúncio da Nordisk foi feito durante um evento que contou com a presença do presidente Lula, na fábrica mineira. Durante seu discurso, o chefe do Executivo falou sobre que o Brasil oferece estabilidade para que empresas como essa invistam seus recursos.

Em entrevista ao Valor, a vice-presidente corporativa da Novo Nordisk no Brasil, Isabella Wanderley, destacou que a produção local é importante não só para abastecer o mercado inteiro, bem como para exportação. Por isso, desde o ano passado, a companhia começou uma estratégia de investimento que culminou no aporte de R$ 500 milhões na linha de produção de enzimas.

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“Quando olhamos para o desenvolvimento dos produtos inovadores como estratégia da Novo, a gente precisa incluir a fábrica de Montes Claros. Já começamos a fazer isso com os investimentos do ano passado”, disse ela.

A expansão da fábrica deve dobrar o tamanho total da companhia, para 74 mil metros quadrados. O impacto na produção ainda não foi medido, mas a estimativa é que os medicamentos de caneta injetável sejam os maiores impactados.

Ações despencam

📈 Nem a maior farmacêutica da Europa está protegida contra o bear market que o mercado de ações global vê neste ano. Com as ações caindo quase 30% no acumulado deste ano, a empresa viu, em março, o maior declínio mensal desde 2002.

No acumulado de 30 dias, o preço dos papeis passaram de 639 coroas dinamarquesas para 469 coroas. O resultado retoma o valor de negociação do final de 2022.