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As ações do setor de educação recuam na bolsa brasileira nesta terça-feira (20), diante da decisão do governo federal de endurecer as regras para o EAD (Ensino a Distância) no país.
📉 Vitru Educação (VTRU3) e Cogna (COGN3) lideravam as baixas, com perdas de aproximadamente 6,5% às 11h55. Contudo, outros nomes do setor também caem forte na B3. Veja o desempenho às 11h55.
A baixa generalizada reflete a percepção de analistas de que as instituições de ensino podem ter custos maiores e perder receita diante das novas regras do ensino a distância, que, entre outras coisas, proíbem a oferta de cursos EAD de Direito e Medicina.
O BTG Pactual disse, por exemplo, que a medida eleva os custos de um segmento que já apresenta dificuldades para repassar a inflação de custos para as mensalidades.
Por isso, os analistas do banco avaliam que as instituições com forte presença no EAD podem enfrentar desafios para sustentar parte de sua base de alunos ao longo do tempo.
Em relatório, o BTG Pactual ressaltou que algumas das instituições de ensino listadas na B3 apresentam uma participação de mercado significativa no segmento de ensino a distância particular. Logo, podem ser afetadas por essas novas regras.
📊 A Vitru, por exemplo, tinha 24% de market share no segmento em 2023, segundo dados coletados pelo banco. Já a Cogna respondia por 17% desse mercado e a Yduqs, 12%. Na sequência, aparece a Cruzeiro do Sul, com 6%.
Diante disso, mais da metade dos alunos dessas instituições estavam registrados na modalidade de ensino a distância em 2023, revela o BTG.
Por outro lado, Ser Educacional e Ânima respondiam por apenas 3% desse mercado e apresentavam mais alunos em cursos presenciais do que em cursos a distância.
O BTG acredita, então, que, "para participantes com exposição limitada ao segmento EAD, como a Ânima, as mudanças podem ser tão limitadas que podem, em última análise, beneficiar a empresa em termos relativos".
Decreto publicado nesta terça-feira (20) pelo governo federal proíbe as faculdades de oferecerem determinados cursos na modalidade EAD.
📝 As faculdades de Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia, por exemplo, terão que ser realizadas exclusivamente no formato presencial.
Outros cursos das áreas de saúde e licenciaturas também não poderão mais ser ofertados na modalidade EAD. Contudo, poderão ser realizados em um formato semipresencial.
Além disso, o governo passa a exigir a realização de algumas atividades e provas presenciais, inclusive em cursos a distância.
As faculdades ainda terão que ampliar a infraestrutura dos polos de ensino a distância, por meio da contratação de mediadores pedagógicos e da oferta de laboratórios e ambientes para estudos, por exemplo.
O prazo para que as instituições se adaptem às novas regras é de dois anos. Já os estudantes que já estão matriculados em cursos EAD poderão concluí-los no formato previsto na matrícula.
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