Natura (NTCO3) se despede dos EUA e será negociada apenas na B3 (B3SA3)

Apesar da saída do mercado dos EUA, as ações ordinárias da Natura continuarão sendo negociadas na B3.

Author
Publicado em 10/12/2024 às 11:07h - Atualizado 16 dias atrás Publicado em 10/12/2024 às 11:07h Atualizado 16 dias atrás por Matheus Rodrigues
A decisão da Natura chega em um momento de ajustes no setor de varejo e cosméticos (Imagem: Shutterstock)

🚨 A Natura (NTCO3), uma das principais companhias brasileiras do setor de cosméticos, anunciou nesta terça-feira (10), uma movimentação estratégica significativa ao decidir cancelar seu registro junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

A decisão foi aprovada pelo conselho de administração da empresa e sinaliza uma mudança no relacionamento da companhia com o mercado norte-americano.

Conforme comunicado, a Natura irá protocolar o Formulário 15F na SEC, documento que oficializa o cancelamento de registro e encerra as obrigações de divulgação sob as normas do U.S. Securities Exchange Act.

O processo, que deve levar cerca de 90 dias para ser concluído, suspenderá imediatamente as responsabilidades da empresa perante o órgão regulador americano.

Apesar da saída do mercado dos EUA, as ações ordinárias da Natura continuarão sendo negociadas no Novo Mercado da B3, a principal bolsa de valores do Brasil.

A decisão não interfere no compromisso da companhia com seus acionistas locais, reforçando sua presença no mercado brasileiro e na América Latina.

O que isso significa para investidores?

O cancelamento do registro na SEC pode representar uma redução nos custos regulatórios e burocráticos para a Natura, mas também pode limitar o acesso da empresa a investidores internacionais que priorizam ativos listados em bolsas americanas.

Ainda assim, a continuidade da negociação no Novo Mercado da B3, que é reconhecido pelos altos padrões de governança corporativa, mantém a atratividade da empresa para investidores locais e estrangeiros que atuam no mercado brasileiro.

➡️ Leia mais: Itaú (ITUB4): 'Tolerância zero' em casos de ex-diretores agrada o mercado; ações sobem

O movimento pode ser interpretado como parte de uma estratégia mais ampla para otimizar os recursos e direcionar esforços aos mercados onde a Natura possui maior presença e relevância.

Vale lembrar que a companhia segue focada em consolidar sua posição global, especialmente após a aquisição da Avon e a criação de um portfólio robusto de marcas internacionais.

Impactos no mercado

A decisão da Natura chega em um momento de ajustes no setor de varejo e cosméticos, que enfrenta desafios como inflação, mudanças nos hábitos de consumo e a necessidade de adaptação digital.

📈 Analistas aguardam para entender como essa decisão influenciará a percepção do mercado sobre a empresa e quais serão os próximos passos em sua estratégia global.