Não vai faltar energia no Brasil, diz Alckmin

No entanto, a pior seca já registrada no país reduziu os níveis dos reservatórios de hidrelétricas.

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Publicado em 05/09/2024 às 16:42h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 05/09/2024 às 16:42h Atualizado 2 meses atrás por Elanny Vlaxio
O Brasil enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos (Imagem: Shutterstock)

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) declarou que "não há risco de faltar energia" no Brasil. A declaração foi feita nesta quinta-feira (5) durante um evento da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em Brasília (DF).

⚡ A afirmação busca tranquilizar o setor industrial quanto à situação do sistema elétrico brasileiro. Contudo, a pior seca já registrada no país reduziu os níveis dos reservatórios de hidrelétricas, responsáveis por 60% da geração de energia, para menos de 60% em dois dos quatro subsistemas.

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De acordo com o vice-presidente, o ONS (Operador Nacional do Sistema) garantiu que não haverá falta de energia no país. Para compensar o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o órgão permitirá a operação das usinas térmicas. “O ONS afirmou que irá ativar as térmicas e que não há risco de falta de energia”, declarou Alckmin.

💡 Devido à prolongada seca, o Brasil deve acionar um número recorde de usinas térmicas nos próximos meses, segundo o ministro de Minas e Energia. Embora não haja risco de blecaute, o custo da energia elétrica para os consumidores deve aumentar significativamente. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já elevou a bandeira tarifária para setembro, impactando diretamente nas contas de luz.

Seca no Brasil é "a mais intensa da história"

O Brasil enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos, de acordo com dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais). A análise de 74 anos de dados climáticos revela um cenário de escassez de água sem precedentes.

📊 O Cemaden utiliza um índice que considera chuva e evapotranspiração para monitorar a seca. Em agosto, 3.978 municípios estavam em algum estágio de seca, e 201 em situação crítica. Para setembro, a previsão é de que esses números aumentem para 4.583 e 232 municípios, respectivamente.

A situação da seca pode piorar ainda mais, já que o início das chuvas está atrasado. O boletim do Cemaden indica que, em agosto, 45 terras indígenas estavam em situação de seca extrema e 161 em seca severa, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.