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O governo está na "reta final" para anunciar as medidas de cortes de gastos que prometem reforçar o arcabouço fiscal. Foi o que disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que volta a discutir o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (4).
✂️ Em entrevista a jornalistas, Haddad contou que Lula "passou o fim de semana trabalhando o assunto" e até recebeu técnicos da equipe econômica para entrar nos detalhes do corte de gastos. Foi por isso, por sinal, que o presidente pediu para que o ministro cancelasse a viagem à Europa, que faria nesta semana.
"Minha ida estava dependendo dessa definição, se nesta semana ou na semana que vem seriam feitos os anúncios. Como o presidente pediu para eu ficar e como as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico, acredito que estamos prontos nesta semana para anunciar", declarou Haddad.
O ministro não deu detalhes das medidas que estão em estudo no governo, alegando que cabe ao presidente Lula definir como será a apresentação do pacote. Contudo, já havia falado que o corte de gastos terá "o impacto necessário para o arcabouço [fiscal] ser cumprido".
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💵 O governo decidiu acelerar a apresentação do corte de gastos depois que o dólar disparou na semana passada, em meio à incerteza sobre o ajuste fiscal.
A expectativa do mercado era de que as medidas avançassem logo após o segundo turno das eleições municipais. Mas, como nada foi apresentado ainda, o dólar bateu R$ 5,869 na última sexta-feira (1º). É a segunda maior cotação nominal da história, atrás apenas dos R$ 5,90 registrados em 13 de maio de 2020, em meio à pandemia de covid-19.
O dólar, contudo, cede nesta segunda-feira (4), com o mercado reagindo à fala de Haddad. Às 13h55, a moeda recuava 1,66% e era negociada por R$ 5,77. Já o Ibovespa subia 1,67%, aos 130.261 pontos.
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