MRV (MRVE3): Vendas atingem R$ 2,1 bi no 1º trimestre; alta de 18%
As vendas líquidas apresentaram um crescimento de 18,4% em comparação com o mesmo período de 2023.
A MRV (MRVE3) negou nesta terça-feira (16) a revisão da sua expectativa de margem bruta para o ano de 2024. A possibilidade fez as ações da construtora despencarem 11,78% na B3 na última quinta-feira (11), fazendo a companhia perder R$ 629 milhões em valor de mercado em apenas um dia.
A MRV foi questionada pela CVM sobre o rumor que correu o mercado e afetou as ações da empresa. Em resposta publicada nesta terça-feira (16), a construtora negou a revisão do seu guidance e também disse que não participou de nenhum evento fechado com investidores na semana passada.
🗣️ "A Companhia esclarece que não reconhece a veracidade dos boatos veiculados na notícia, ressaltando que não forneceu qualquer projeção formal ao mercado e que não há qualquer revisão interna sobre a expectativa de margem bruta para o ano de 2024", disse a MRV, classificando os boatos como infundados e inverídicos.
A MRV registrou uma margem bruta de 23,4% no terceiro trimestre de 2023 (último dado disponível). O resultado subiu 4,5 pontos percentuais em relação ao do mesmo período de 2022 (18,9%).
A margem bruta subiu pelo quarto trimestre consecutivo. De acordo com a MRV, essa recuperação continuada foi "suportada pela correta precificação dos produtos acima da inflação e de um rígido controle de custos".
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📈 Diante desses resultados, a MRV projeta uma margem bruta entre 22% e 24% para 2023 e espera que o indicador siga melhorando em 2024 e 2025.
Veja as projeções da MRV para a margem bruta, publicadas junto com os resultados do terceiro trimestre de 2023:
A MRV publicará os resultados financeiros de 2023 em 29 de fevereiro de 2024. Contudo, já publicou a prévia operacional do ano, com um resultado recorde de vendas líquidas.
💰 De acordo com os dados, as vendas líquidas da MRV subiram 45% em 2023, na comparação com 2022, atingindo o valor inédito de R$ 8,5 bilhões no ano. O resultado foi registrado depois de as vendas do quarto trimestre também terem batido recorde, totalizando R$ 2,3 bilhões, alta de 55,8% em relação ao quarto trimestre de 2022.
Além disso, a prévia operacional mostra que a construtora parou de queimar caixa no último trimestre do ano passado. Depois de resultados negativos nos três primeiros trimestres de 2023, a companhia teve uma geração de caixa de R$ 137 milhões no quarto trimestre de 2023. Para a companhia, o resultado confirma o seu turnaround.
As vendas líquidas apresentaram um crescimento de 18,4% em comparação com o mesmo período de 2023.
A agência viu um aumento da queima de caixa operacional em 2023, mas espera melhora gradual dos indicadores operacionais a partir de 2024.