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A elevação da nota de crédito do Brasil pela Moody's foi recebida com cautela pelo mercado, diante das preocupações dos analistas com a situação fiscal do país. Contudo, a Moody's indicou nesta quinta-feira (3) que não minimizou essa questão.
🗣️ "O fiscal é muito importante e sublinhamos, no comunicado que divulgamos após a decisão, que ele permanece como um desafio. No entanto, há outros fatores que são levados em conta para traçar o perfil do crédito do país", afirmou a vice-presidente e analista sênior de riscos soberanos na Moody’s, Samar Maziad, conforme relata o "Valor Econômico".
Em conferência realizada para explicar os fundamentos da revisão do rating brasileiro, Samar Maziad, explicou que o Brasil vem observando um crescimento acima do esperado, realizou reformas econômicas e fiscais importantes nos últimos anos e apresenta uma dívida mais sólida em termos de vulnerabilidades externas.
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"Há riscos fiscais, mas o cenário é consistente com um ‘upgrade’ e uma melhora do perfil de crédito", concluiu a vice-presidente e analista sênior de riscos soberanos na Moody’s, que citou o aumento das despesas obrigatórias como um desses riscos fiscais.
💲 Em entrevista à "Folha de S. Paulo", Samar Maziad acrescentou que medidas estruturais que ajustem as contas públicas pela lado das despesas obrigatórias poderiam aumentar a credibilidade fiscal do país e, possivelmente, até pavimentar o caminho para a recuperação do grau de investimento.
Afinal, como destacou no relatório de revisão da nota brasileira, a Moody's considera que a credibilidade da estrutura fiscal do Brasil ainda é "moderada" e que o custo da dívida brasileira deve se estabilizar nos próximos anos, mas em "níveis relativamente altos".
A agência de classificação de risco elevou a nota do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva, com perspectiva positiva na última terça-feira (1º). Com isso, o país ficou a um passo de recuperar o grau de investimento e diversas empresas brasileiras também tiveram seus ratings revisados. Veja:
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