MBRF3 cai 6,72% em estreia na Bolsa, mas não impede recorde ao Ibovespa
Fusão entre Marfrig e BRF cria gigante em proteína animal, tanto forte em bovinos quanto em frango e suínos.
Fruto da fusão entre BRF e Marfrig, a MBRF (MBRF3) pretende recomprar até 25 milhões de ações nos próximos 18 meses, até março de 2027.
📉 O programa de recompra foi anunciado nesta quarta-feira (24), pouco depois de a companhia estrear na B3 com um tombo de 6,72%, nessa terça-feira (23).
De acordo com a empresa, a recompra poderá atingir até 3,23% das ações que estão em circulação no mercado, o equivalente a 1,74% do seu total de ações.
O objetivo é "maximizar a geração de valor para os acionistas, por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital e da aplicação de recursos disponíveis na aquisição das ações em bolsa de valores".
Para isso, as ações recompradas serão mantidas em tesouraria, canceladas ou destinadas a exercícios de opções de compra de ações.
💲 A MBRF destacou ainda que "a aquisição de ações não acarretará qualquer prejuízo ao cumprimento das obrigações assumidas pela Companhia, tampouco comprometerá o pagamento de dividendos obrigatórios, em virtude da situação de liquidez e geração de caixa da Companhia".
A MBRF espera faturar cerca de R$ 160 bilhões por ano, o que a coloca na lista das 10 empresas de maior receita da B3. Afinal, a empresa já nasceu presente em 117 países, por meio de marcas como Sadia, Perdigão e Qualy, e com a expectativa de produzir oito milhões de toneladas de alimentos por ano.
Marfrig e BRF concluíram o processo de fusão na segunda-feira (22), por meio da incorporação das ações da BRF pela Marfrig.
Com isso, a BRF tornou-se uma subsidiária da Marfrig e despediu-se da B3. Quem era seu investidor recebeu na terça-feira (23) 0,8521 ações ordinárias de emissão da Marfrig para cada ação da BRF detida ao final do pregão de segunda-feira (22).
As ações da Marfrig, por sua vez, passaram a ser negociadas sob o ticker MBRF3 na B3.
Com o tombo de 6,72% dessa terça-feira (23), as ações da MBRF terminaram o seu pregão de estreia na B3 cotadas a R$ 19,70.
📊 Pelos cálculos do BTG Pactual, essa cotação rende à empresa um valor mercado de aproximadamente R$ 30 bilhões.
Na avaliação do Itaú BBA, a fusão entre BRF e Marfrig é estratégica, já que cria uma empresa com ampla diversificação de produto e geografias.
Os analistas dizem até que "um perfil de lucro mais resiliente" pode emergir, na medida em que a empresa enfrenta o atual momento negativo do mercado de carnes.
O banco ainda destacou as sinergias de até R$ 1 bilhão projetadas pela MBRF. Contudo, diz que os investidores devem esperar até que essas sinergias sejam claramente demonstradas.
A entrega antecipada dessas sinergias é vista pelo BBA, portanto, como "um catalisador fundamental para o caso de investimento".
Fusão entre Marfrig e BRF cria gigante em proteína animal, tanto forte em bovinos quanto em frango e suínos.
Notícias da ONU e agenda bilateral impulsionam Petrobras, Qualicorp e Cosan no pregão desta terça-feira.