MaxMilhas segue 123Milhas e pede recuperação judicial

Companhia reportou dívida de R$ 226 milhões, mas não cancelou nenhum produto

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Publicado em 22/09/2023 às 19:04h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 22/09/2023 às 19:04h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro
Maxmilhas é do mesmo grupo da 123 Milhas. Foto: Reprodução/Facebook

A Maxmilhas, empresa do grupo 123Milhas, apresentou um pedido de recuperação judicial à Justiça na quinta-feira (21/09). A companhia reportou uma dívida de R$ 226 milhões, mas disse que não cancelará passagens ou reservas.

Em pedido encaminhado ao TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), a Maxmilhas solicitou para ser incluída no mesmo processo de recuperação judicial da 123Milhas. O Lance Hotéis, que foi adquirido pela Maxmilhas, também está no requerimento.

No documento, a Maxmilhas diz que não se encontrava em “grave crise financeira” quando a 123Milhas entrou em recuperação judicial, no fim de agosto. Contudo, diz que agora sofre reflexos da crise econômico-financeira gerada pelo caso da 123Milhas.

“O pedido de Recuperação Judicial deve-se, principalmente, aos efeitos no mercado de agências de turismo online decorrentes da reestruturação da 123milhas. Ainda que a Maxmilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo online tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da Maxmilhas”, reforçou a empresa, em nota à imprensa.

A companhia disse ainda que “a medida tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com parceiros, fornecedores e clientes e organizar, com máxima transparência, os débitos em um só juízo”. Assi, pretende “restabelecer o mais rapidamente possível seu equilíbrio financeiro e operacional”.

Diferente da 123Milhas, a Maxmilhas disse que não está suspendendo nenhum produto, nem cancelando passagens ou reservas de hospedagens. “A Maxmilhas reforça que mantém suas atividades”, afirmou.

Processo suspenso

O processo de recuperação da 123Milhas foi suspenso temporariamente nesta semana. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a suspensão será mantida até a finalização do processo de constatação prévia, isto é, de verificação das condições de funcionamento da empresa.