Ações da Kora Saúde (KRSA3) sobem mais de 17% com proposta para ‘sair’ da Bolsa
A proposta visa converter o registro da empresa de companhia aberta de categoria A para B, retirando-a do Novo Mercado da B3.
Mais uma empresa deixou de ter ações em negociação na bolsa brasileira: a Kora Saúde (KRSA3).
A negociação foi suspensa depois que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou, nessa segunda-feira (14), a conversão de registro de companhia aberta da categoria A para categoria B.
🩺 A conversão atende a um pedido do controlador da rede hospitalar, a gestora HIG Capital, que efetuou uma OPA (oferta pública de aquisição) das ações da Kora Saúde em março, por meio do fundo de investimento Viso Advantage.
A gestora decidiu fechar o capital da Kora Saúde com o objetivo de "simplificação da estrutura corporativa e organizacional da Companhia, de modo a conferir maior flexibilidade na gestão financeira e operacional das suas operações, contribuindo para a execução das estratégias de financiamento e crescimento da Kora".
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Também são esperadas eficiências adicionais, devido aos custos da manutenção do registro de companhia aberta e da listagem no Novo Mercado da B3. A empresa ainda vinha apresentando dificuldades para manter o percentual mínimo de ações em circulação (free float) exigido pela B3 e disse que não tinha a intenção de captar recursos por meio da subscrição de ações.
💲 Tendo isso em vista, o fundo ofereceu R$ 8,80 por ação para comprar os papeis da Kora Saúde que estavam em circulação no mercado em março. O valor representou um prêmio de 30,95% à cotação observada antes do pedido de registro da OPA, em 15 de dezembro: R$ 6,72.
O preço ainda superou os R$ 7,70 oferecidos em julho de 2024, quando a HIG Capital também tentou fechar o capital da Kora Saúde, mas a OPA acabou esbarrando em exigências regulatórias e na insatisfação dos acionistas minoritários.
Dessa forma, o Viso Advantage garantiu a compra de aproximadamente 8,6 milhões de ações que estavam em circulação em março, por um valor total de R$ 75,8 milhões. Os acionistas que não participaram da OPA ainda podem vender seus papeis ao fundo até o próximo dia 20 de junho.
Como mostrou o Investidor10, a bolsa brasileira perdeu 19 empresas em 2024 e segue registrando deslistagens neste ano de 2025.
📉 A ClearSale (CLSA3), por exemplo, também se despediu da B3 neste mês de abril. Agora, nomes como Carrefour (CRFB3) e Eletromídia (ELMD3) podem seguir o mesmo caminho.
Segundo analistas, esse movimento está relacionado ao atual valuation das ações brasileiras, pois a bolsa estaria "barata" para muitos investidores, sobretudo estrangeiros.
A proposta visa converter o registro da empresa de companhia aberta de categoria A para B, retirando-a do Novo Mercado da B3.
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