Lula propõe tributação de 2% para ‘super-ricos’ e prevê arrecadar US$ 300 bilhões

A proposta está prevista para ser discutida na próxima cúpula do G20, que será sediada no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro.

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Publicado em 02/11/2024 às 08:24h - Atualizado 19 dias atrás Publicado em 02/11/2024 às 08:24h Atualizado 19 dias atrás por Matheus Rodrigues
Segundo Lula, o potencial arrecadatório da medida é expressivo (Imagem|: Shutterstock)

💲 Em meio a discussões internacionais sobre desigualdade, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu uma proposta audaciosa no cenário global: a criação de uma alíquota de 2% para as fortunas dos “super-ricos” do mundo.

A proposta está prevista para ser discutida na próxima cúpula do G20, que será sediada no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro.

Segundo Lula, o potencial arrecadatório da medida é expressivo. Ele estima que, com a tributação dos detentores das maiores fortunas, seria possível angariar entre 250 e 300 bilhões de dólares.

Esses recursos poderiam ser direcionados para iniciativas de combate à pobreza e fome em escala global, algo que o presidente destaca como urgente.

Atualmente, dados indicam que cerca de 3 mil pessoas concentram uma riqueza acumulada de aproximadamente 15 trilhões de dólares.

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Para o presidente brasileiro, esse nível de concentração de riqueza representa uma oportunidade para reverter o quadro de pobreza extrema e desigualdade, desde que seja implementado um sistema de tributação específico.

A proposta de Lula reflete uma crescente demanda por alternativas que possam financiar o desenvolvimento sustentável sem onerar ainda mais as classes médias e baixas, que já suportam grande parte da carga tributária em muitos países.

No entanto, implementar uma medida de tributação global sobre os super-ricos é um desafio logístico e político, com possíveis resistências não apenas dos detentores dessas fortunas, mas também de governos que poderiam ver na proposta uma ameaça à competitividade fiscal de suas jurisdições.

🚨 A questão agora é se a proposta conseguirá apoio suficiente entre as principais economias do G20, e se líderes de outras nações estarão dispostos a endossar uma política que, embora arrojada, traria um novo paradigma para o financiamento social em nível global.