Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribuiu a alta do dólar a "um jogo especulativo contra o real" nesta terça-feira (2). Ele ainda indicou que o governo vai agir para tentar conter a escalada da moeda.
🗣️ "Obviamente que me preocupa essa subida do dólar. É uma especulação. Há um jogo de interesse especulativo contra o real nesse país", afirmou Lula, em entrevista à "Rádio Sociedade", na Bahia.
Lula disse ainda que fará uma reunião para discutir o assunto assim que voltar a Brasília, nesta quarta-feira (3). "Eu tenho conversado com as pessoas sobre o que a gente vai fazer. [...] Eu vou ter uma reunião, porque não é normal o que está acontecendo", declarou.
Lula não revelou as medidas estudadas pelo governo para tentar conter a alta do dólar. Ele disse que não poderia falar nada para não "alertar os adversários". Contudo, reforçou que o governo não ficará parado diante da alta do dólar: "Nós temos que fazer alguma coisa".
Leia também: Governo Lula bate recorde histórico e pagará R$ 30 bilhões em emendas; entenda
💵 O dólar disparou nas últimas semanas e nesta terça-feira (2) chegou a tocar nos R$ 5,70, o maior valor desde janeiro de 2022. A alta ocorre em meio a questionamentos sobre o ajuste fiscal e a autonomia do BC (Banco Central).
O mercado entende que o governo precisa cortar gastos para atingir as metas fiscais, mas não vê medidas concretas nessa direção. Além disso, há um receio de que o governo acabe com a autonomia do Banco Central dada às críticas de Lula aos juros altos e ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Em entrevista nesta terça-feira (2), Lula disse que o governo busca soluções para a questão fiscal e que cortará eventuais excessos de gastos. Contudo, voltou a dizer que não vai "abrir mão de melhorar a vida do povo brasileiro".
O presidente também afirmou que é preciso "manter o Banco Central funcionando de forma correta, com autonomia, para que o presidente do Banco Central não fique vulnerável a pressões políticas".
Contudo, voltou a fazer críticas a Roberto Campos Neto. Para ele, o atual presidente do BC "tem um viés político".
Roberto Campos Neto, por sinal, afastou a possibilidade de intervenção do BC no câmbio na última quinta-feira (27). Questionado sobre a alta do dólar por jornalistas, ele disse que uma intervenção pontual teria "pouca efetividade" e afirmou que o BC só interviria no câmbio em caso de disfuncionalidade do mercado.
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados