Lucro dos 4 maiores bancos privados do país cresce 15,5% no 3º trimestre

Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander lucraram juntos R$ 29 bilhões no período.

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Publicado em 14/11/2024 às 14:52h - Atualizado 6 dias atrás Publicado em 14/11/2024 às 14:52h Atualizado 6 dias atrás por Marina Barbosa
Itaú teve o maior lucro dentre os 4 grandes bancos privados da B3 (Imagem: Shutterstock)

Os quatro maiores bancos privados do país -Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11)- tiveram um lucro acumulado de R$ 29,079 bilhões no terceiro trimestre de 2024.

O resultado saltou 15,5% em relação ao mesmo período de 2023, quando somou R$ 25,175 bilhões, impulsionado pelo aumento das receitas e pelo controle de custos.

🏦 Mais uma vez, o Itaú desponta como o banco mais lucrativo da bolsa brasileira. A instituição teve um lucro líquido recorde de R$ 10,6 bilhões no trimestre, 18,1% maior do que o registrado um ano antes.

Diante desse resultado, o Itaú avalia pagar dividendos extraordinários no início do próximo ano e tem sido apontado como a principal escolha dos analistas no setor financeiro da B3.

O banco que mais conseguiu ampliar a sua lucratividade, no entanto, foi o Santander Brasil. A instituição lucrou R$ 3,6 bilhões no trimestre, um resultado 34,3% maior do que o do mesmo período de 2023.

📈 De acordo com o Santander, o resultado foi possível por causa na disciplina na alocação de capital e pelo foco em linhas de maior rentabilidade e boa qualidade de ativos.

O Bradesco também seguiu em recuperação e lucrou R$ 5,2 bilhões. Analistas avaliaram, no entanto, que os resultados sugerem uma melhora gradual ou até um pouco mais lenta do que o esperado.

Já o Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$ 9,5 bilhões, em linha com o esperado pelo mercado. Contudo, elevou as despesas de provisões por causa do aumento na inadimplência do agronegócio.

Veja o lucro de cada banco no 3T24:

  • Itaú: R$ 10,6 bilhões, +18,1%;
  • Banco do Brasil: R$ 9,5 bilhões, +8,3%;
  • Bradesco: R$ 5,2 bilhões, +13,1%;
  • Santander: R$ 3,6 bilhões, 34,3%.

ROE e inadimplência

Líder em crédito rural, o Banco do Brasil foi especialmente impactado pelo cenário desafiador enfrentado pelo agronegócio brasileiro. Por isso, além de aumentar as provisões para créditos de liquidação duvidosa, viu sua taxa de inadimplência subir.

O BB ainda sofreu um leve recuo do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) no terceiro trimestre, na contramão dos outros bancões da B3, que seguiram com o indicador em alta. Ainda assim, o BB apresenta o segundo maior ROE do setor, atrás apenas do Itaú.

Veja o ROE de cada banco no 3º trimestre:

  • Itaú: 22,7%;
  • Banco do Brasil: 21,1%;
  • Bradesco: 12,4%;
  • Santander: 17,0%.

E o índice de inadimplência:

  • Itaú: 2,6%;
  • Banco do Brasil: 3,3%;
  • Bradesco: 4,2%;
  • Santander: 3,2%.