Os quatro maiores bancos privados do país -Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11)- tiveram um lucro acumulado de R$ 28,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025.
🏦 O resultado cresceu 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou R$ 26,3 bilhões. Contudo, recuou 5% em relação ao quarto trimestre de 2024, quando alcançou R$ 29,7 bilhões, segundo levantamento do Investidor10.
O primeiro trimestre de 2025 foi marcado por mais um lucro recorde do Itaú e pela deterioração dos resultados do Banco do Brasil, além da continuidade do processo de recuperação do Bradesco e do Santander.
O Itaú lucrou R$ 11,1 bilhões no período, o melhor desempenho trimestral já registrado por um banco privado brasileiro. O resultado foi acompanhado por uma melhora da margem financeira, da carteira de crédito e da receita da prestação de serviços.
💲 Bradesco e Santander também entregaram resultados acima do esperado pelo mercado, de R$ 5,8 bilhões e R$ 3,8 bilhões, respectivamente.
O lucro do Bradesco cresceu 39,2% na base anual, em meio a medidas de aumento da eficiência e à melhora do resultado operacional, tanto nos segmentos de crédito, seguros e serviços.
Já o Santander teve um resultado 27,8% maior, devido ao foco em construir uma "operação cada vez mais diversificada, resiliente e rentável", segundo o CEO, Mario Leão.
📉 Por outro lado, o Banco do Brasil viu seu lucro despencar 20,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2024, para R$ 7,3 bilhões. O resultado foi impactado pelo aumento da inadimplência do agronegócio, que fez o banco turbinar as provisões para perdas associadas ao risco de crédito.
Ainda assim, o Banco do Brasil mantém o segundo maior lucro do segmento, atrás apenas do Itaú.
Com lucro recorde, o Itaú também destacou-se em termos de rentabilidade. Isso porque o banco não só continuou expandindo o seu ROE (retorno sobre patrimônio), como foi o único banco a manter o indicador acima dos 20%.
O ROE do Itaú atingiu 22,5% no trimestre, ante os 21,9% do mesmo período do ano passado.
Já o ROE do Banco do Brasil caiu 5 pontos percentuais em um ano, perdendo a marca dos 20% e ficando em 16,7%. Com isso, o Banco do Brasil foi ultrapassado pelo Santander em termos de rentabilidade.
O Bradesco segue com o menor ROE dos quatro maiores bancos privados do país, apesar de ter mostrado uma melhora expressiva do indicador no início deste ano.
Veja o ROE de cada banco no 1T25:
Letras Financeiras indexadas ao CDI superam ganhos até das LCAs e LCIs, que são isentas de imposto de renda
Em um único dia, o banco teve apreciação de R$ 18,3 bilhões ao seu valor, equivalente à capitalização da operadora de saúde
