Itaú (ITUB4) bate recorde no ROE e vê lucro líquido chegar a R$ 11,9 bi no 3T25
O banco conseguiu melhorar seu índice de eficiência, que atingiu 37,7% no Brasil, o melhor nível da série histórica para um terceiro trimestre.
O grande diferencial também esteve no ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido), que chegou a 23,3% no 3T25. Seus principais rivais, o Bradesco e o Santander, apresentaram um percentual bem menor, de 14,7% e 17,5%, respectivamente.
“No geral, o trimestre destaca a resiliência estrutural do banco e a execução disciplinada do guidance”, escreveram os analistas da XP Investimentos, em relatório divulgado na manhã desta quarta (5). “Continuamos vendo o Itaú como um player diferenciado, entregando resultados consistentes e previsíveis mesmo em um ciclo de maior incerteza”, avaliam.
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Agora, a grande dúvida em relação ao banco é sobre o pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas. O Bradesco BBI aposta que o Itaú pode distribuir até R$ 31 bilhões, dado o crescimento de 4,5% que a companhia viu em sua carteira ao longo deste ano.
A aposta do mercado se sustenta também no fato de que o banco gera capital adicional e já acumula cerca de R$ 21 bilhões em excesso. Para os analistas do UBS BB, o retorno em dividendos da companhia deve chegar a 8,3% nos próximos 12 meses.
Embora todo o mercado estivesse esperando um eventual anúncio de dividendos junto com o balanço, o Itaú não o fez. Por isso, as ações da companhia abriram o pregão desta quarta com baixa de quase 1%.
Por volta das 11h, os papéis eram negociados abaixo de R$ 40, conforme dados da bolsa de valores. Mesmo assim, o banco manteve seu valor de mercado acima dos R$ 402 bilhões, o maior entre as empresas listadas na bolsa brasileira.
“Estamos vivendo um momento de transformação acelerada, guiados por uma estratégia que une governança sólida, inovação e proximidade com nossos clientes”, disse Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, em nota. “[Os resultados] reforçam a solidez financeira e a capacidade do banco de crescer com disciplina e eficiência, resultando em uma robusta geração de capital”, completa.
O banco conseguiu melhorar seu índice de eficiência, que atingiu 37,7% no Brasil, o melhor nível da série histórica para um terceiro trimestre.
Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR4) são pesos-pesados que também ficaram no positivo.