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IPCA-15 camarada abre os cofres do Tesouro Direto para lucros na marcação a mercado
Prévia da inflação brasileira desacelera para +0,18% em outubro e repercute na renda fixa do governo.
Publicado em 24/10/2025 às 17:15h - Atualizado 10 horas atrás
Publicado em 24/10/2025 às 17:15h
Atualizado 10 horas atrás
Com o resultado do IPCA-15 de outubro saindo melhor que a encomenda dos economistas, esta sexta-feira (24) foi marcada por mais lucros na marcação a mercado que acompanha o Tesouro Direto, uma vez que as taxas oferecidas para se emprestar dinheiro ao governo brasileiro seguem em queda livre.
A prévia da inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), desacelerou para +0,18% neste mês de outubro, leitura que se saiu melhor que o avanço de +0,24% esperado pelo mercado, conforme projeções coletadas pelo Broadcast, do Estadão.
Exemplificando o movimento vivido pelos títulos públicos, o Tesouro IPCA+ 2040 acumula valorização de +4% na semana, já que, desde o fechamento de mercado do último dia 17 de outubro, o seu preço unitário saltou de R$ 1.583,78 para tocar nos atuais R$ 1.646,63.
Ao mesmo tempo, o Tesouro IPCA+ 2040 observou a suma taxa de remuneração derreter ao longo da semana de IPCA+ 7,44% ao ano para IPCA+ 7,17% ao ano, sendo o patamar atual inclusive o menor desde o início do mês.
Leia mais: Renda fixa que paga acima da Selic até 2033 e financia o agro entra na mira dos analistas
Por que as taxas do Tesouro Direto caem?
Para o analista Rafael Passos, da gestora Ajax Asset, outro componente da economia brasileira também explica o porquê de as taxas oferecidas no Tesouro Direto estarem em baixa e, consequentemente, destravando lucros na marcação a mercado, sobretudo, em títulos públicos com vencimento no longo prazo.
"A arrecadação federal de impostos, que acumula saldo de R$ 2,1 trilhões entre janeiro a setembro de 2025, o melhor desempenho desde os anos 2000, de fato sinaliza uma estabilidade subjacente, reforçando que o governo Lula cumprirá — mas com dificuldade —, o piso da meta fiscal em 2025 e 2026, especialmente com receitas extraordinárias, como dividendos de estatais", comenta.
Todavia, o especialista alerta que, em 2027, essa regra fiscal atual se tornará inviável e deverá ser remodelada, o que deve trazer muita volatilidade no Tesouro Direto nos próximos anos.
Dentre os riscos, o Tribunal de Contas da União (TCU) exige que o governo federal persiga o centro da meta em 2026, tornando insustentável o arcabouço fiscal já no ano subsequente.
Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 24 de outubro de 2025:
Títulos pré-fixados
- Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 7,66 (Rentabilidade: 13,09% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 4,57 (Rentabilidade: 13,58% ao ano)
- Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 = Aporte mínimo de R$ 8,52 (Rentabilidade: 13,71% ao ano)
Títulos pós-fixados
- Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 176,22 (Rentabilidade: Selic + 0,0498% ao ano)
- Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 175,48 (Rentabilidade: Selic + 0,1016% ao ano)
Títulos indexados à Inflação
- Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 34,86 (Rentabilidade: IPCA + 7,95% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 16,46 (Rentabilidade: IPCA + 7,17% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 8,68 (Rentabilidade: IPCA + 6,96% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 42,44 (Rentabilidade: IPCA + 7,52% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 41,29 (Rentabilidade: IPCA + 7,24% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 39,85 (Rentabilidade: IPCA + 7,14% ao ano)
Títulos para aposentadoria extra
- Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 18,04 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 12,97 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 9,24 (Rentabilidade: IPCA + 7,01% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,64 (Rentabilidade: IPCA + 6,96% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,84 (Rentabilidade: IPCA + 6,93% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 3,62 (Rentabilidade: IPCA + 6,93% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,57 (Rentabilidade: IPCA + 6,94% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,84 (Rentabilidade: IPCA + 6,94% ao ano)
Títulos para custear estudos
- Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 37,06 (Rentabilidade: IPCA + 8,18% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 34,45 (Rentabilidade: IPCA + 7,98% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 32,04 (Rentabilidade: IPCA + 7,85% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 29,81 (Rentabilidade: IPCA + 7,75% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 27,75 (Rentabilidade: IPCA + 7,66% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 25,87 (Rentabilidade: IPCA + 7,50% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 24,15 (Rentabilidade: IPCA + 7,42% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 22,57 (Rentabilidade: IPCA + 7,35% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 21,11 (Rentabilidade: IPCA + 7,56% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 19,77 (Rentabilidade: IPCA + 7,50% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 18,48 (Rentabilidade: IPCA + 7,46% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 17,29 (Rentabilidade: IPCA + 7,42% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 16,16 (Rentabilidade: IPCA + 7,39% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 15,14 (Rentabilidade: IPCA + 7,35% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 14,17 (Rentabilidade: IPCA + 7,35% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 13,28 (Rentabilidade: IPCA + 7,32% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 12,42 (Rentabilidade: IPCA + 7,30% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 11,65 (Rentabilidade: IPCA + 7,27% ao ano)