Investimentos de concessionárias de rodovias batem recorde em 2023

O valor total de investimentos chegou a R$ 18 bilhões

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Publicado em 11/02/2024 às 14:33h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 11/02/2024 às 14:33h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Rodovia - Shutterstock

🛣️ Os investimentos realizados pelas concessionárias de rodovias atingiram recorde de R$ 11,3 bilhões em obras em 2023, de acordo com um relatório da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias). O número representa aumento de 18,9% em comparação com 2022.

Considerando as despesas com manutenção, além dos investimentos em bens de capital (capex), o montante total investido no ano passado chegou a R$ 18 bilhões, estabelecendo outro recorde na série histórica, com aumento de 11% em relação a 2022.

O presidente da ABCR, Marco Aurélio de Barcelos, expressou otimismo em relação ao crescimento esperado para 2024, embora os números exatos ainda não estejam disponíveis.

Barcelos destacou que isso é uma continuação do que foi contratado, especialmente na quarta etapa de concessões federais. O crescimento reflete o progresso do programa de concessões do País, especialmente as sucessivas ondas de leilões rodoviários realizadas nos últimos anos

Grande parte dos investimentos provém de empresas como CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3), os dois grupos que dominaram as licitações federais recentes.

Os projetos leiloados e atualmente em fase de construção incluem várias rodovias, como a Ecovias do Araguaia (BR-153 de Goiás a Tocantins), a Ecovias do Cerrado (BR-364 e BR-365 de Goiás a Minas Gerais), a CCR Via Costeira (BR-101 em Santa Catarina), a CCR ViaSul (BR-290 e BR-448 no Rio Grande do Sul), entre outros.

Para 2024, um fator que pode impulsionar positivamente os investimentos das concessionárias são as repactuações conduzidas pelo Ministério dos Transportes em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU). "Neste ano deverá haver já um efeito das otimizações, porque a ideia é justamente antecipar as obras", afirmou Barcelos.

Atualmente, quatro repactuações de concessões rodoviárias problemáticas estão em análise pelo TCU. O governo federal visa concluir as negociações ainda neste ano..

Além das repactuações, outro desafio para as companhias do setor é garantir que o ritmo de investimentos continue avançando por meio dos próximos leilões. O Ministério dos Transportes tem planos de realizar até 13 licitações em 2024, meta considerada ambiciosa pelo mercado. 

Até o momento, apenas um leilão rodoviário do governo federal está marcado, da BR-040, entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, considerado atrativo pelo setor.

Para impulsionar o pacote de concessões federais, Barcelos ressaltou a importância de revisar os projetos para melhorar a atratividade, ajustando a matriz de riscos e as taxas internas de retorno dos projetos.