Instituições de crédito projetam alta de 2,3% para o PIB em 2024

A atualização da projeção da Acrefi acompanha um movimento mais amplo de revisão das estimativas de crescimento econômico para o país.

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Publicado em 01/04/2024 às 14:40h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 01/04/2024 às 14:40h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues

📊 A Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) revisou para cima sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2024, elevando-a de 2% para 2,3%.

A revisão, conduzida pelo economista-chefe da entidade, Nicolas Tingas, foi divulgada no relatório "Financeiro Acrefi" neste último fim de semana.

Essa atualização da projeção da Acrefi acompanha um movimento mais amplo de revisão das estimativas de crescimento econômico para o país.

Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou a possibilidade de o governo federal aumentar sua previsão de crescimento para 2024 de 2,2% para 2,5%.

Essa tendência de revisão para cima é impulsionada, em parte, pela percepção do mercado de que o governo está adotando medidas de estímulo adicionais para impulsionar a economia, em resposta à queda recente na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

📈 O relatório da Acrefi destaca essa dinâmica, observando que as ações do governo se somarão ao aumento esperado nos gastos durante anos eleitorais.

Especificamente neste ano, a atual administração federal planeja intensificar os gastos para recuperar municípios governados pela oposição bolsonarista.

Essa combinação de esforços tende a mitigar os efeitos da postura mais restritiva adotada no início do ano devido à desaceleração no crescimento do PIB no final de 2023.

“O governo, inclusive agora reagindo à recente queda de popularidade, tem acentuado medidas e estímulos para impulsionar mais rapidamente o crescimento econômico”, elencou o economista da Acrefi.

Por outro lado, segundo destaca Tingas, o Banco Central demonstra maior cautela em relação ao cenário futuro, sinalizando uma postura mais conservadora na trajetória de redução da taxa Selic.

Na visão do economista, a postura do BC reflete a abordagem adotada pelo governo federal, que busca impulsionar a demanda agregada da economia.

Essa estratégia é impulsionada principalmente pelos elevados gastos eleitorais de Estados e municípios, combinados com uma expansão significativa do crédito privado, derivada de medidas em fase de elaboração, aprovação e implementação pelo Ministério da Fazenda.

"Tendo em vista o efeito multiplicador clássico da renda disponível no curto e médio prazo, resultante do aumento do emprego, renda e crédito, o PIB de 2024 deverá ser elevado para um patamar acima das expectativas atuais", ressalta Tingas.

💲Além disso, ele revisa sua projeção para a taxa Selic terminal neste ano, aumentando-a de 9% para 9,25% ao ano.