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O mercado elevou as apostas de corte de juros nos Estados Unidos nesta quinta-feira (11), depois de a inflação americana surpreender e cair em junho. Com isso, a expectativa é de que a taxa sofra até três reduções ainda em 2024.
📉 A inflação americana, medida pelo CPI (índice de preços ao consumidor), caiu 0,1% em junho. É a primeira queda do indicador em quatro anos. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses recuou de 3,3% para 3% nos Estados Unidos.
Em maio, a inflação já havia surpreendido, ao ficar estável (0%). Com isso, o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, tem reconhecido um avanço, mesmo que modesto, no controle da inflação.
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Nesta semana, Powell disse que o Fed ainda precisava ter maior confiança de que a inflação está caindo de forma sustentável em direção à meta de 2% ao ano para poder começar a cortar os juros americanos. Além disso, destacou que novos dados benignos de inflação poderiam pavimentar esse caminho e falou sobre os riscos de cortar os juros tarde demais e, com isso, atrapalhar a atividade econômica e o mercado de trabalho.
✂️ Para o mercado, o CPI de junho parece ter sido o dado que faltava para destravar o início do corte de juros nos Estados Unidos. De acordo com o CME Group, que reúne as projeções do mercado para a taxa de juros americana, os analistas passaram a projetar três e não mais dois cortes em 2024.
As apostas de que o Fed vai reduzir os juros americanos na reunião marcada para 17 e 18 de setembro subiram de 69,7% para 83,8% nesta quinta-feira (11).
O mercado também já previa um corte na reunião de 17 e 18 de dezembro. Mas, agora, ainda vê um corte no encontro de 6 e 7 de novembro.
De acordo com o CME Group, 50% dos analistas acreditavam que os juros seriam mantidos inalterados em novembro na véspera da divulgação do CPI de junho. Agora, 49,5% apostam em mais um corte da taxa.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, a queda do CPI em junho reflete a redução dos preços da gasolina e da energia, além de uma desaceleração dos gastos com moradia. Já os alimentos tiveram leve alta de preços.
Com isso, o núcleo da inflação, que desconsidera as variações de alimentos e energia, teve uma alta de 0,1% em junho e passou a acumular alta de 3,3% em 12 meses.
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