Inflação na Argentina deve recuar para 5% em maio, dizem consultorias

Resultado representaria quase metade do mês passado

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Publicado em 09/06/2024 às 14:24h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 09/06/2024 às 14:24h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
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📈 A inflação na Argentina deve encerrar o mês de maio perto de 5%, dizem as consultorias privadas. Se confirmado, esse número representaria um recuo para quase metade da inflação oficial de abril, que foi de 8,8%.

Segundo levantamento da Fundação Liberdade e Progresso, o saldo acumulado neste ano deve ficar na casa de 72%. Já o resultado anual deve encostar em 277%.

"A inflação subjacente situou-se em 4,8%, mantendo a tendência do mês anterior. Os regulados apresentaram um aumento de 4,0%, um abrandamento que se explica sobretudo pelo adiamento dos aumentos da eletricidade, gás e combustíveis", diz o órgão.

O resultado da inflação seria maior, mas o governo federal resolveu postergar o aumento das taxas de gás. Desta forma, o valor deve vir com reajuste na contagem de junho. Houve, também, um movimento contra as operadoras de planos de saúde para que fizessem reajustes mais baixos.

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Inflação na capital

Na capital Buenos Aires, a inflação oficial já foi medida e terminou o mês em 4,4%, segundo o Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos). Esse representa uma queda pela metade do registrado em abril e é o nível mais baixo desde fevereiro de 2020.

Por lá, os segmentos que mais tiveram aumentos foram os restaurantes e hotelaria, que subiram 5,7%. Transportes e Informação e comunicação (+5,2%), alimentação e bebidas não alcoólicas (+4,8%), habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (+4,8%) também pressionaram os preços.

Em entrevista ao jornal argentino Infobae, José María Donati, atual subsecretário de Articulação Operacional com o Sistema Estatístico da Prefeitura, diz que a redução da inflação se justifica na retração do consumo da população.

"Para que não seja um piso e para que essa trajetória inflacionária de queda continue, é necessário que o governo apresente um plano econômico abrangente. Uma possibilidade de estabelecer mecanismos de indexação baseados no objetivo de inflação cada vez menor no futuro e não na inflação passada", ressaltou Donati.