Inflação da Argentina fecha 2024 em 117,8%

O país registrou uma queda de 93,6 pontos percentuais em comparação a 2023.

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Publicado em 15/01/2025 às 11:20h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 15/01/2025 às 11:20h Atualizado 3 minutos atrás por Elanny Vlaxio
O anúncio foi feito na última terça-feira (14) (Imagem: Shutterstock)

💲 A inflação argentina encerrou 2024 com um índice de 117,8%, apresentando uma desaceleração de 93,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Apesar da queda, o resultado ficou ligeiramente acima das projeções de especialistas, como a agência de classificação de risco Austin Rating, que estimava uma inflação de 116,3% para o período.

Segundo dados divulgados pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos), a inflação mensal acelerou em dezembro de 2024, atingindo 2,7%. Esse resultado representa um aumento de 0,3 ponto percentual em comparação com os 2,4% registrados em novembro.

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Os setores de moradia, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (5,3%), comunicação (5,0%) e restaurantes e hotéis (4,6%) apresentaram as maiores variações de preços no mês de dezembro. Por outro lado, os setores de equipamentos domésticos (0,9%), roupas e calçados (1,6%) e saúde (2,1%) registraram as menores oscilações no período.

📊 Ao assumir o comando em 2023, o presidente Javier Milei (La Libertad Avanza) tinha como principal objetivo reduzir a inflação do país e impulsionar a economia. Desde a sua posse, a inflação mensal apresentou uma desaceleração. Antes da posse, a taxa estava em 12,8%.

Decisão do Banco Central

O Banco Central da Argentina também anunciou na última terça-feira (14) uma nova política cambial. A partir de 1º de fevereiro, a desvalorização do peso argentino será permitida em um ritmo de 1% ao mês, em um regime conhecido como "crawling peg" - regime cambial que permite uma normalização da moeda de forma gradual.

🔎 Essa decisão, que anteriormente permitia uma desvalorização de 2% mensal, reflete a recente estabilização da inflação e as perspectivas de uma desaceleração nos próximos meses. Na rede X, o presidente da Argentina, Javier Milei, repostou uma publicação do Indec que mostra a trajetória de inflação do país: “O ajuste cambial continua a desempenhar o papel de âncora complementar para as expectativas de inflação”, ressaltou.