IGP-M fecha 2025 em queda e aluguel pode ficar mais barato em 2026

Índice que corrige contratos acumula deflação de 1,05% em 12 meses.

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Publicado em 29/12/2025 às 11:05h - Atualizado 12 minutos atrás Publicado em 29/12/2025 às 11:05h Atualizado 12 minutos atrás por Wesley Santana
Índice é um dos mais importantes da economia brasileira (Imagem: Shutterstock)
Índice é um dos mais importantes da economia brasileira (Imagem: Shutterstock)

O reajuste de aluguel do próximo ano pode ser mais tranquilo para os inquilinos. Isso porque o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) sofreu deflação ao longo deste ano de 2025.

O dado foi confirmado na manhã desta segunda-feira (29), quando foi publicada a variação de dezembro. Durante o mês, o índice recuou 0,01%, de acordo com a FGV (Fundação Getulio Vargas). 

Com isso, no acumulado dos últimos 12 meses, o IGP-M registrou uma variação de -1,05%. O saldo representa uma mudança de posição em relação ao resultado anterior, quando, em 2024, a variação foi de 6,5%. 

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O desempenho do índice do aluguel foi bem distante da inflação oficial que deve terminar este ano por volta dos 4,5%, segundo o IBGE. No entanto, especialistas destacam que o movimento está relacionado ao cenário global e uma incerteza do agronegócio doméstico. 

"Apesar disso, os preços ao consumidor seguiram em alta moderada, com pressões concentradas em serviços e habitação —mas que ao longo do ano convergiram para o intervalo de tolerância da meta", afirmou o economista do FGV Ibre Matheus Dias.

O IGP-M foi desacelerando durante todo este ano, até chegar a esse número negativo que j´á não era visto há algum tempo. Em determinados momentos do ano, o índice chegou a performar na acima dos 8,5%, o que preocupava parte dos inquilinos que não sabiam quanto poderia passar a pagar de aluguel em 2026.

A queda começou a ser vista em março, quando houve a primeira deflação de 0,34%. Em junho, a diferença positiva foi ainda maior, de 1,67% negativos, o que fez uma alteração importante no contexto de alta acelerada. 

O índice é composto por uma série de variações de preços de outros indicadores, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Além dos alugueis, ele serve também para correção do preço de serviços públicos, como conta de luz e telefone, além de contratos de prestação de serviço, como escolas e planos de saúde. 

“O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) é um dos principais indicadores econômicos do Brasil, amplamente utilizado para medir a variação de preços em diversos setores da economia. Criado no final da década de 1940, o IGP-M tem como objetivo oferecer uma visão abrangente sobre o comportamento dos preços, acompanhando diferentes etapas do processo produtivo e atividades econômicas”, diz a FGV.