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Ibovespa pode bater 200 mil pontos em 2026 e 300 mil em 2027, dizem analistas
Apesar da empolgação, o salto rumo a 300 mil pontos no Ibovespa até 2027 ainda depende de uma condição especial.
Publicado em 07/12/2025 às 20:03h - Atualizado 7 horas atrás
Publicado em 07/12/2025 às 20:03h
Atualizado 7 horas atrás
💲 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, pode alcançar 200 mil pontos já em 2026, segundo projeções otimistas de analistas do mercado financeiro.
O índice, que recentemente ultrapassou os 164 mil pontos pela primeira vez na história, é impulsionado por um cenário de queda de juros no Brasil e nos Estados Unidos, somado à atratividade dos ativos brasileiros, considerados baratos em relação a mercados desenvolvidos.
Segundo especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast, o apetite dos investidores por ações tende a aumentar à medida que a política monetária global se torna mais branda, especialmente nos EUA, onde o Federal Reserve iniciou um ciclo de flexibilização monetária.
O movimento reforça o fluxo de capital para mercados emergentes, em busca de retornos maiores. Ao mesmo tempo, a expectativa de cortes na taxa Selic em 2026 deve reduzir o apelo da renda fixa e favorecer a renda variável no Brasil.
300 mil pontos? Só com ajuste fiscal, dizem gestores
Apesar da empolgação com os números recordes, o salto rumo a 300 mil pontos no Ibovespa até 2027 ainda depende de uma condição especial, que é o compromisso do próximo governo com um ajuste fiscal robusto.
Para Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, o índice pode atingir 180 mil pontos até julho de 2026, chegando a 225 mil até o fim do ano.
A projeção considera que o candidato vencedor das eleições do ano que vem assuma uma postura fiscal responsável, independentemente de seu partido.
“Não estamos falando de nomes, mas de sinalizações concretas em relação ao equilíbrio das contas públicas”, diz Mathias. Segundo ele, caso o próximo governo priorize medidas de ajuste e responsabilidade fiscal, o Ibovespa pode bater os 300 mil pontos já em 2027.
Eleições tornam cenário binário no Brasil
Em relatório recente, o JPMorgan reforçou que, embora o ambiente global seja positivo para os mercados emergentes, o fator político será determinante no Brasil.
O banco mantém recomendação “overweight” (equivalente à compra) para ações brasileiras e projeta o Ibovespa em 190 mil pontos em 2026.
No entanto, o banco americano alerta que, sem uma mudança estrutural na condução fiscal do país a partir de 2027, o atual rali pode perder força. “O ambiente de juros baixos não se sustenta sem disciplina fiscal”, afirma o relatório.
A influência do cenário político ficou evidente na última sexta-feira (5), quando o Ibovespa sofreu forte queda após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciar seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, como pré-candidato à presidência em 2026.
A decisão foi mal recebida pelos investidores, que veem o nome como menos competitivo que outras alternativas da direita, como Tarcísio de Freitas ou Romeu Zema.
Ibovespa sobe mais de 30% no ano
Mesmo com a recente correção, o Ibovespa acumula alta de 30,83% em 2025, com valorização de 2,16% apenas em dezembro, até agora.
O forte desempenho é reflexo de uma combinação entre maior fluxo estrangeiro, melhora na percepção de risco local e cenário global mais benigno para emergentes.
🚀 Se o ambiente político colaborar e as reformas avançarem, o mercado aposta em um novo ciclo de alta prolongada para a Bolsa brasileira, podendo colocar o índice em patamares históricos jamais vistos.