Ibovespa em 150 mil pontos? Veja o que diz a XP

A corretora já havia feito uma revisão há cerca de um mês.

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Publicado em 03/06/2025 às 07:49h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 03/06/2025 às 07:49h Atualizado 2 dias atrás por Elanny Vlaxio
O relatório foi divulgado na última segunda-feira (2) (Imagem: Shutterstock)

A XP Investimentos ajustou sua projeção de valor justo para o Ibovespa no final de 2025, passando de 149 mil pontos para 150 mil pontos, conforme divulgado em relatório na última segunda-feira (2). A corretora já havia feito uma revisão há cerca de um mês, elevando sua estimativa em quatro mil pontos.

💰  A equipe destaca que a demografia e a força das commodities no país são fatores que sustentam a perspectiva positiva. A possibilidade de reformas estruturais e a rápida adoção de tecnologia, que pode impulsionar a produtividade com o avanço da inteligência artificial, também são vistas como fatores potenciais positivos.

Embora o prêmio de risco das ações tenha caído, a bolsa segue sendo negociada a um valuation atrativo, com um múltiplo de 7,9 vezes o lucro. No entanto, os analistas da XP alertam que a bolsa pode passar por uma correção, dado o aumento de 1,5% em reais em maio e a valorização de 23% em dólares no ano. A queda do prêmio de risco das ações e a piora da dinâmica de lucros devido aos papéis ligados a commodities são apontadas como razões para essa possível correção.

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Além disso, a preocupação com o fluxo permanece, uma vez que ele continua quase totalmente atrelado aos investidores estrangeiros. Até o dia 29 de maio, esses investidores compraram R$ 12,1 bilhões em ações brasileiras, alcançando um total de R$ 22,6 bilhões no ano. Com isso, o relatório aponta que o indicador de sentimento da XP mudou para "Extremo Otimismo", indicando possível sobrecompra técnica do mercado.

🗣️  Os especialistas também mencionam riscos provenientes dos Estados Unidos, além da continuidade dos riscos fiscais no Brasil. Nesse cenário, a XP tem incluído ações cíclicas domésticas nos portfólios desde janeiro. Neste mês, com o forte rali do mercado, a casa passou a adotar uma postura de redução de risco.

“Começamos o ano adicionando exposição a papéis cíclicos domésticos, como as construtoras, que já acumulam alta de 41% no ano. Agora, reduzimos um pouco o beta das carteiras, focando em ativos de qualidade e baixa alavancagem”, avaliaram os analistas.