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📊 O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), uma espécie de prévia do PIB brasileiro, surpreendeu o mercado ao registrar alta de 0,1% em outubro na comparação com setembro.
Divulgado nesta sexta-feira (13), o dado superou as projeções mais otimistas do mercado, que apontavam para queda de 0,2%, conforme pesquisa da Reuters. A mediana das estimativas indicava estabilidade no indicador.
Essa leve alta ocorre após um expressivo avanço de 0,9% em setembro, que foi revisado para cima pelo Banco Central, reforçando a resiliência da economia mesmo em um cenário de aperto monetário.
No acumulado, o IBC-Br atingiu 154,4 pontos, o maior nível desde o início da série histórica, marcando uma sequência de revisões positivas em meses anteriores.
Na comparação com outubro de 2023, o índice avançou 7,31%, aproximando-se do teto das expectativas de mercado, que variavam entre 6,60% e 7,60%.
Em termos trimestrais, o crescimento do terceiro trimestre foi ajustado de 1,12% para 1,23%, refletindo uma economia mais dinâmica do que inicialmente estimado.
Esse desempenho se deve, em parte, ao setor de serviços e ao varejo, que registraram alta de 1,1% e 0,4%, respectivamente, em outubro.
Em contrapartida, a produção industrial decepcionou com uma retração de 0,2%, sinalizando que alguns segmentos ainda enfrentam dificuldades.
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Apesar da leve desaceleração do IBC-Br em relação ao mês anterior, os números indicam que a economia brasileira segue aquecida.
Isso tem mantido as preocupações com a inflação, levando o Banco Central a adotar uma postura mais rígida na política monetária.
Na última reunião, a autoridade elevou a taxa Selic para 12,25% ao ano e indicou que novas altas estão no radar.
O Relatório Focus, divulgado antes da decisão do BC, aponta para um crescimento do PIB de 3,39% em 2024, com desaceleração esperada para 2,0% em 2025.
Esse cenário reforça a expectativa de um desaquecimento gradual da economia no último trimestre, embora ainda haja sinais de ganhos em setores específicos.
📈 Embora o IBC-Br seja considerado um termômetro da atividade econômica, ele não substitui o PIB oficial, mas fornece pistas importantes sobre o ritmo da economia.
Com o cenário atual, o Brasil enfrenta o desafio de equilibrar crescimento econômico e controle inflacionário, especialmente em um ambiente de alta de juros.
Ao atingir novos recordes históricos, o IBC-Br reforça a complexidade do momento econômico, em que setores como serviços e varejo seguem mostrando força, enquanto a indústria enfrenta maior volatilidade.
O desempenho de outubro deixa claro que, apesar dos desafios, a economia brasileira continua surpreendendo em meio às adversidades.
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