Histórico: Ibovespa (IBOV) desembarca na China e será negociado na bolsa de Shangai

ETF do Itaú e E-fund é aprovado por reguladores chineses e fortalece parceria financeira entre Brasil e China

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Publicado em 24/10/2025 às 12:57h - Atualizado 12 minutos atrás Publicado em 24/10/2025 às 12:57h Atualizado 12 minutos atrás por Wesley Santana
Ibovespa reflete desempenho das ações no país (Imagem: Shutterstuck)
Ibovespa reflete desempenho das ações no país (Imagem: Shutterstuck)

O indicador da maior bolsa de valores da América Latina está prestes a desembarcar na China. Nesta sexta-feira (24), a Itaú Asset e a E-fund anunciaram que conseguiram aprovação da Comissão de Valores Mobiliários chinesa para a listagem de um fundo de índice que acompanha o Ibovespa (IBOV).

A listagem será feita por meio do It Now Ibovespa (BOVV11), que acompanha as principais ações da B3 e é gerido pelo Itaú. Neste ano, o fundo de índice acumula uma valorização de 22,5%, conforme dados da gestora.

“Estamos honrados por obter essa aprovação e, com isso, termos a oportunidade de abrir as portas do mercado brasileiro para receber recursos de investidores chineses em um momento com boas perspectivas para os ativos brasileiros”, destaca Carlos Augusto Salamonde, líder da Diretoria de Gestão de Investimentos Globais do Itaú Unibanco.

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Esse é um dos resultados de um acordo fechado no âmbito da ETF Connect, um programa lançado neste ano que prevê as listagens recíprocas entre a bolsa brasileira e as chinesas. Outro fruto desse acordo foi a chegada dos índices chineses CSI 300 e ChiNext à B3, ambos neste ano.

"O ETF Connect representa um marco nas nossas relações financeiras, ao permitir uma maior interligação entre os mercados e as bolsas de valores dos dois países. Esse esforço abre caminho para que o setor privado aproveite as imensas oportunidades existentes em ambos os mercados, em um ambiente de estabilidade regulatória, confiança mútua e previsibilidade econômica”, destacou a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito.

A expectativa é que a listagem aumente o fluxo de investimentos no corredor China-Brasil, já que agora os investidores daquele país terão a oportunidade de apostar diretamente na bolsa brasileira. No total, 80 empresas participam do BOVV11, companhias que estão espalhadas pelos mais diferentes segmentos de mercado.