PIB e IBC-Br marcam a semana, veja agenda completa
Também será divulgado o IBC-Br de setembro.
A alta de 0,1% do PIB (Produto Interno do Bruto) do Brasil no terceiro trimestre de 2023 ficou acima das expectativas do mercado e até do governo. Com isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer que o país crescerá 3% em 2023. Ele, no entanto, também cobrou cortes de juros do BC (Banco Central).
📈 O mercado projetava uma queda de aproximadamente 0,3% da atividade econômica brasileira no terceiro trimestre. Já o Ministério da Fazenda esperava estabilidade do PIB (0%), por causa do fim da safra e da desaceleração do setor de serviços. O resultado, no entanto, foi um leve crescimento de 0,1%, conforme divulgado nesta terça-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"O PIB surpreendeu positivamente, porque cresceu e o mercado estava esperando uma retração", comentou Haddad, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agenda na Alemanha.
Apesar da surpresa positiva, o ministro sugeriu que o PIB foi afetado negativamente pelos juros elevados, já que o Banco Central deu início ao ciclo de corte da Selic só em agosto. Ele acredita, então, que o corte da taxa básica de juros pode impulsionar a atividade econômica, se o BC "fizer o trabalho dele".
🗣️ "Tivemos um PIB positivo, mas fraco. Mas, com o corte das taxas de juros, esperamos que esse ano fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento. E esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem. Mas o Banco Central precisa fazer o trabalho dele", declarou Haddad.
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Em nota, a SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda reforçou que o PIB do terceiro trimestre não afeta a perspectiva de "retomada do crescimento" no quatro trimestre de 2023.
💲 Na avaliação da pasta, "os setores industrial e de serviços devem apresentar maiores taxas de crescimento, beneficiados pelas melhores condições financeiras e de crédito, pela resiliência do mercado de trabalho, com destaque para o avanço do rendimento real, e pelas políticas de incentivo ao investimento produtivo".
Segundo a SPE, o PIB registrou um crescimento acima do previsto no terceiro trimestre de 2023 por causa de dois fatores principais: "a menor retração do setor agropecuário e a maior expansão de Serviços, beneficiada pela desaceleração menos acentuada do que a inicialmente projetada para Comércio e Atividades Financeiras".
Conforme dados publicados nesta terça-feira (5) pelo IBGE, o PIB do Brasil cresceu 0,1% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre de 2023. O resultado foi puxado pelos Serviços e pela Indústria, que avançaram 0,6% cada. Já a Agropecuária recuou 3,3%.