Haddad lança programa de proteção cambial nesta 2ª feira

Objetivo é conter a volatilidade do dólar, para atrair mais investidores estrangeiros para o Brasil

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Publicado em 25/02/2024 às 16:35h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 25/02/2024 às 16:35h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Diogo Zacarias/Fazenda)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lança nesta segunda-feira (26) um programa que promete proteger investimentos internacionais de variações cambiais no Brasil. Oobjetivo é conter a volatilidade do dólar para atrair mais capital externo, sobretudo para projetos sustentáveis.

💵 O dólar era negociado acima de R$ 5,30 no início do atual mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas chegou a ser negociado por cerca de R$ 4,70 em julho de 2023 e agora beira os R$ 5. A avaliação do governo é de que a volatilidade da moeda afeta a atração de investidores estrangeiros.

Em novembro de 2023, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, explicou que os estrangeiros que investem no Brasil recebem em reais. Por isso, exigem uma taxa de retorno elevada para compensar o risco de variação da moeda. Mello disse, então, que o governo preparava "uma espécie de seguro para momentos de volatilidade cambial".

No início de 2024, Haddad confirmou a intenção de "implementar um projeto para diminuir a volatilidade do dólar, um instrumento do Tesouro para atrair investimentos externos, uma espécie de hedge cambial, associado a projetos de transformação ecológica".

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Lançamento na reunião do G20

O projeto foi chamado oficialmente de "Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial" pelo Ministério da Fazenda e será lançado nesta segunda-feira (26) durante a Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, em São Paulo.

A apresentação será comandada pelo ministro Fernando Haddad, mas contará com a presença do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Representantes do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Banco Mundial e Embaixada do Reino Unido também devem participar.