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🍀O governo anunciou, nesta segunda-feria (26), o programa Eco Invest Brasil, que tem o objetivo de fornecer proteção cambial para investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis no País. Isso será elaborado através de operações com derivativos cambiais e linhas de financiamento específicas.
O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) irá disponibilizar US$ 3,4 bilhões para para operações que forneçam hedge de prazos superiores a dez anos. Ainda, a instituição será responsável por intermediar a contratação de um banco internacional para seguros cambiais no Brasil.
Ilan Goldfajn, presidente do BID, ressaltou que não haverá uma mudança interna na capitalização de investimentos da instituição ou do Banco Central do Brasil. “Estamos preparando uma estrutura para repassar investimentos ecológicos já existentes para empresas locais, só que com custos mais baixos. Precisamos que o programa esteja pronto para, a partir daí, iniciar o repasse dos recursos”.
Dessa maneira, o BC (Banco Central) deverá facilitar a conexão para que os investidores dos projetos verdes acessem os derivativos cambiais.
De acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, o projeto está em desenvolvimento. “Vamos fiscalizar o desembolso dos recursos, mas ainda estamos estudando a criação de um hedge entre 12 a 18 meses”. Segundo ele, outros pontos do projeto também estão em análise.
Diferentes derivativos como opções cambiais e swaps, serão utilizados nas operações. Empresas interessadas em projetos sustentáveis no Brasil poderão buscar instituições financeiras habilitadas pelo BID, que receberá os recursos por meio do Banco Central.
Além disso, serão disponibilizados recursos por linhas de crédito específicas para investimentos sustentáveis. O BID ofertará US$ 2 bilhões, somados aos recursos já disponíveis no Fundo do Clima, totalizando cerca de US$ 10,4 bilhões. Estes serão utilizados para linhas de crédito específicas, como a Blended Finance, a Liquidity Facility, Foreign Exchange Derivatives e Project Structuring.
O Tesouro Nacional e o BID afirmam que as operações serão realizadas conforme a demanda dos investidores. O programa contará com um investimento de US$ 1 bilhão de dólares do Reino Unido para financiar um verificador independente do programa.
Campos Neto, destacou que o BC não tem como objetivo controlar a volatilidade do câmbio com os derivativos cambiais, mas sim facilitar o hedge cambial a longo prazo. Ele também esclareceu que não há operações em estudo que usem reservas cambiais.
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