Google (GOGL34) vai limitar anúncios de bets no Brasil

Para liberar anúncios, big tech vai exigir o registro das empresas no Ministério da Fazenda.

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Publicado em 27/09/2024 às 20:23h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 27/09/2024 às 20:23h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Nova política do Google entra em vigor na 2ª feira (Imagem: Shutterstock)

Diante da explosão das bets e apostas on-line no Brasil, o Google (GOGL34) decidiu limitar os anúncios dessas empresas em suas plataformas.

🔎 A big tech informou nesta sexta-feira (27) que passará a exigir dos sites de apostas registro no Ministério da Fazenda antes de liberar os anúncios.

Segundo a "Reuters", a mudança na política de publicidade do Google entra em vigor já na próxima segunda-feira (30).

A mudança ocorre em meio ao aumento dos gastos dos brasileiros com bets e apostas on-line, o que tem levado muitos apostadores à inadimplência.

A situação preocupa varejistas, segundo os quais os brasileiros estão direcionando para as bets dinheiro que seria usado no consumo, mas também o governo.

De acordo com dados do Banco Central, os brasileiros gastaram cerca de R$ 20,8 bilhões por mês com apostas on-line nos oito primeiros meses de 2024 e R$ 3 bilhões desse montante saíram do Bolsa Família em agosto.

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Governo aperta cerco

O Ministério da Fazenda já proibiu o uso de cartões de crédito no pagamento de apostas on-line e o Ministério do Desenvolvimento Social estuda como evitar o uso do cartão do Bolsa Família em bets.

🗓️ Além disso, o governo promete suspender a partir da próxima terça-feira (1º) as bets que não pediram autorização para funcionar no país.

A Fazenda recebeu 113 pedidos de regularização até 21 de agosto. Essas bets e apostas on-line poderão continuar funcionando, até que o governo conclua a análise das solicitações, o que deve ocorrer em dezembro. 

Nesta sexta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que "o governo está atento e que, apesar desse enorme atraso, desse descaso, chegou a hora de colocar a ordem nisso e proteger a família brasileira".