Goldman Sachs reforça favoritismo da JBS (JBSS3) entre os frigoríficos

A JBS foi apontada como a principal escolha do banco entre as ações de proteína animal, com uma potencial valorização de 18%.

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Publicado em 21/06/2024 às 17:14h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 21/06/2024 às 17:14h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
Imagem: Shutterstock.

📊 O Goldman Sachs projeta que as empresas do setor de proteína animal estão posicionadas para se beneficiar de um ciclo de preços favorável no mercado de frango, juntamente com os impactos da desvalorização do real.

Entre as empresas destacadas, a JBS (JBSS3) é a preferida devido à sua diversificação de produtos e geração de caixa robusta.

A JBS foi apontada como a principal escolha do Goldman Sachs entre as ações de proteína animal, com uma potencial valorização de 18% em relação ao preço-alvo estabelecido.

"A JBS é nossa favorita no segmento, graças ao seu mix diversificado de produtos, consistente geração de fluxo de caixa livre e avaliações de mercado atrativas", destacaram os analistas em relatório.

O preço-alvo da JBS foi definido em R$ 34,60, com recomendação de compra.

A previsão para o Ebitda do segundo trimestre foi revisada para cima, chegando a R$ 7,4 bilhões, um aumento de 6%.

As ações da JBS acumularam uma valorização de 17% no ano.

Perspectivas para a BRF e Minerva

Para a BRF (BRFS3), o Goldman Sachs vê oportunidades de ganhos no curto prazo, apoiados por operações de hedge, uma oferta equilibrada no mercado, e uma boa performance no Oriente Médio e no mercado interno brasileiro.

A expectativa é de um Ebitda ajustado de R$ 2,4 bilhões para o segundo trimestre.

No entanto, a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$ 19,50, sugerindo uma queda de cerca de 3%, embora as ações já tenham subido 52% no acumulado do ano.

A Minerva (BEEF3) também recebeu uma recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 7,15 e potencial de valorização de 11%.

📉 No entanto, as ações da Minerva apresentaram uma queda de pouco mais de 10% ao longo do ano.

Essa visão otimista do Goldman Sachs sobre as empresas de proteína animal ocorre em um momento de valorização desses papéis nos últimos pregões.

Esse movimento foi impulsionado por notícias recentes de que o Ministério do Comércio da China iniciou uma investigação antidumping sobre as importações de carne suína da União Europeia, após uma denúncia da empresa estatal China Animal Husbandry Group.

Isso elevou as expectativas em relação às exportações dos frigoríficos brasileiros.

Desafios do Setor de Bebidas

Em contraste com o otimismo no setor de proteínas, o mercado de bebidas, particularmente a Ambev (ABEV3), enfrenta desafios significativos.

As ações da Ambev registraram uma queda de 17,7% no acumulado do ano até o momento.

O Goldman Sachs recomendou a venda desses papéis, citando a deterioração dos resultados nos últimos anos e volumes de vendas abaixo do esperado.

O preço-alvo para a Ambev foi fixado em R$ 12,10, com potencial de valorização de 8%.

"Após um primeiro trimestre decepcionante, não vemos melhorias significativas em volume e custos para o restante do ano", avaliaram os analistas.

Perspectivas para a Arcos Dorados

📊 Por outro lado, a Arcos Dorados, operadora do McDonald’s na América do Sul e Central, recebeu uma recomendação de compra.

A expectativa é de que a renovação do contrato de master franqueador ocorra até agosto.

O preço-alvo para as ações negociadas em Nova York é de US$ 13, representando um potencial de valorização de 41%.

No ano, as ações da empresa acumulam uma queda de 29%, reflexo das expectativas de royalties mais elevados e a abertura de 50 a 55 novas lojas por ano nos próximos 20 anos.

Essas análises destacam as perspectivas distintas entre os setores de proteína animal e bebidas, com um cenário promissor para o primeiro e desafios significativos para o segundo, de acordo com as avaliações do Goldman Sachs.