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⚖ Nos últimos meses, diversas companhias listadas na bolsa de valores brasileira entraram em recuperação judicial. O caso mais emblemático foi o da Americanas (AMER3) que, depois da descoberta de uma fraude financeira, recorreu à Justiça para se proteger de dívidas.
Depois que as empresas entram com um pedido de RJ, elas deixam os principais índices do mercado, mas continuam tendo suas ações negociadas na bolsa. Atualmente, além da varejista, marcas conhecidas como Gol (GOLL4), Oi (OIBR3) e Light (LIGT3), estão em processo de proteção de dívidas.
Após os anúncios, algo em comum aconteceu com todas as empresas citadas, que foi a saída dos investidores em massa. Isso faz com que os papeis despenquem, o que, no caso da Gol, por exemplo, representou uma queda de 87% desde janeiro.
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Neste caso, a dúvida que fica para muitos investidores é: vale a pena comprar ações de empresas em Recuperação Judicial. A primeira coisa que chama a atenção é o valor das ações, que brilham os olhos de qualquer pessoa.
Segundo especialistas, o valor baixo dos papeis pode representar um ganho de oportunidade futura, caso a empresa consiga se organizar financeiramente. Apesar disso, é preciso considerar que apenas 1 em cada 4 empresa que entram em RJ conseguem sair, conforme dados da Serasa.
“O problema é aguentar a volatilidade e saber que há um grau de risco elevado”, afirma André Bucione, sócio da Alvarez & Marsal, especializada na reestruturação, em entrevista ao site Inteligência Financeira. “Esse tipo de investimento exige conhecimento, paciência e ‘sangue frio’ para aguentar a turbulência”, destaca.
Uma das empresas que entregou valor aos acionistas no processo de RJ foi a Eternit que, entre 2018 e 2024, esteve protegida pela Justiça. Agora já fora da RJ, os investidores que optaram em comprar ações dela em 2019, hoje surfam com uma valorização de quase 150%.
Por isso, Bucione destaca que essa é uma estratégia de longo prazo, pois os investidores não sabem quando ou se vai haver um ponto de inflexão.
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