Gerdau (GGBR4) pede investigação contra a China por prática de dumping

O pedido será encaminhado ao Mdic, embora o presidente da empresa não tenha certeza sobre a eficiência da solicitação

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Publicado em 21/02/2024 às 16:12h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 21/02/2024 às 16:12h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
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🧲 A metalúrgica Gerdau (GGBR4) está elaborando um pedido de investigação contra a China, por prática de dumping nas exportações de aço ao Brasil. A atividade consiste em vendas abaixo do preço para ter maior parcela do mercado consumidor.

Segundo o presidente da companhia, Gustavo Werneck, a solicitação será encaminhada ao Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). No entanto, o executivo afirma que não tem confiança sobre a aplicação da taxa antidumping, embora a companhia tenha convicção de que é possível verificar os danos.  

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Werneck diz que houve conversas técnicas com o governo que provam a aplicação de tarifa com impacto marginal na inflação. “Mas esse é um processo que leva muito tempo, cerca de 18 meses, e as últimas investigações, como a de laminados a quente, mesmo com dano comprovado, não resultaram na aplicação de tarifa porque considerou-se que outros setores poderiam ser afetados” afirmou ao Valor Econômico.

Existem dois modelos para conter as importações de aços, especialmente vindos da China. O primeiro, é através do IABr (Instituto Aço Brasil), que solicita o aumento da alíquota de importação para 25%. Além disso, cada companhia, individualmente, articula para montar uma estratégia no pedido de investigação.

Para o executivo, “essa competição não é isonômica, não é leal”. Segundo diz, é um pensamento equivocado acreditar que a reforma tributária corrigirá as distorções causadas pelo custo Brasil no curto prazo. 

“Começamos 2024 com o impacto muito significativo das medidas adotadas no fim do ano passado, com dificuldades maiores de competir em função das questões tributárias”, defende.

*Com informações do Valor Econômico