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A agenda econômica volta a ganhar força nesta semana, depois das pausas do fim do ano. O destaque fica com a inflação oficial de 2024, que sai na sexta-feira (10) e deve exigir uma explicação do novo presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo.
💲 Segundo o regime de metas de inflação brasileiro, o presidente do Banco Central tem de divulgar explicações públicas sempre que a inflação fica fora da meta definida pelo governo. E a expectativa é de que isso aconteça com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2024.
Em 2024, a meta de inflação era de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,50% a 4,50%. O IPCA, no entanto, já acumulava 4,29% até novembro. Por isso, o mercado prevê o descumprimento da meta.
Segundo o Boletim Focus, os analistas calculam que a inflação foi de 4,90% em 2024. O BC também projeta uma inflação de 4,90 para 2024.
✉️ Ao divulgar o último RTI (Relatório de Inflação), o Banco Central admitiu que havia 100% de chance de estouro da meta de inflação em 2024. Por isso, uma das primeiras missões de Gabriel Galípolo na presidência do BC será publicar uma carta explicando esse descumprimento.
O ex-presidente do BC Roberto Campos Neto fez o mesmo em 2021 e 2022, depois que a inflação acelerou na saída da pandemia de covid-19. Desde o início do regime de metas de inflação em 1999, a inflação já havia ficado fora da meta em outras cinco ocasiões: 2017, 2015, 2003, 2002 e 2001.
Galípolo, no entanto, corre o risco de ter que prestar esclarecimentos com mais frequência. Isso porque o sistema de metas de inflação mudou neste ano de 2025.
Até 2024, o governo verificava o cumprimento da meta de inflação seguindo o ano-calendário. Ou seja, sempre no início do ano, após a publicação do IPCA fechado do ano anterior. Contudo, agora esse monitoramento será contínuo. Com isso, haverá descumprimento da meta caso a inflação acumulada em doze meses fique fora do intervalo de tolerância por seis meses seguidos.
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Antes do IPCA, outros dados econômicos devem movimentar a semana.
O Boletim Focus, por exemplo, sai na segunda-feira (6), com as previsões do mercado para os principais indicadores da economia brasileira.
No mesmo dia, a Secretaria de Comércio Exterior deve informar o fechamento da balança comercial brasileira de 2024.
Além disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publica a produção industrial de novembro na quarta-feira (8) e a pesquisa mensal de comércio na quinta (9).
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🏦 Já nos Estados Unidos, o destaque é para a ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), realizada em 18 de dezembro.
Na ocasião, o Fed (Federal Reserve) cortou os juros americanos pela terceira vez consecutiva, desta vez para o intervalo entre 4,25% e 4,50%. Contudo, indicou que os cortes devem ficar menos frequentes neste ano de 2025.
Diante da foça da economia americana e das incertezas trazidas pelas políticas comerciais defendidas por Donald Trump, o Fed prevê só duas reduções de 0,25 ponto percentual dos juros neste ano, o que levaria a taxa para o patamar entre 3,75% e 4,00%.
Mais informações sobre o cenário vislumbrado pelo Fed podem vir na ata da reunião, que será publicada na quarta-feira (8).
Já na sexta-feira (10), o payroll traz informações atualizadas sobre o mercado de trabalho americano.
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