Após exclusão dos índices da B3, Azul (AZUL4) tem ADRs suspensos nos EUA
A decisão ocorre após o pedido de recuperação judicial nos EUA, via Chapter 11, protocolado na última quarta-feira (28).
Mais uma agência de classificação de risco rebaixou a nota de crédito da Azul (AZUL4), devido às incertezas relacionadas à renegociação de dívidas da empresa.
📉 A Fitch cortou a nota de crédito da Azul de BB (bra) para CCC(bra) nesta terça-feira (24). A perspectiva já havia sido rebaixada para negativa em julho.
Em relatório, a Fitch explicou que "os rebaixamentos refletem o elevado risco de refinanciamento da Azul e o perfil de fluxo de caixa mais fraco, pressionado pela desvalorização do real".
Para a agência, "a probabilidade de a Azul conseguir levantar os recursos necessários para financiar sua queima de fluxo de caixa, os vencimentos de dívida financeira de curto prazo e recompor suas obrigações de arrendamento em condições sustentáveis foi reduzida".
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A Azul tinha US$ 1,5 bilhão em dívidas de curto prazo ao final de junho. Por isso, vem discutindo com arrendadores de aeronaves a substituição de dívidas por uma participação acionária.
⚠️ A Fitch, no entanto, acredita que a busca de uma solução para este problema está levando mais tempo e sendo menos favorável, em termos de garantias e custos financeiros, do que o esperado inicialmente pela agência.
Por isso, a a avaliação é de que a margem de segurança para evitar um processo de inadimplência diminuiu e que essa situação pode levar a "uma estrutura de capital insustentável".
Diante dessa situação, a Fitch disse ainda que pode voltar a rebaixar o rating da Azul em caso de:
Já a melhora do rating é considera "improvável, até que a empresa resolva suas necessidades de refinanciamento de curto prazo e as preocupações com a liquidez".
A Moody's e a S&P Global Ratings já haviam rebaixado o rating da Azul, devido ao aumento do risco de liquidez da companhia.
A decisão ocorre após o pedido de recuperação judicial nos EUA, via Chapter 11, protocolado na última quarta-feira (28).
O Bradesco já havia cortado a recomendação de compra para neutra no início da semana.