Fitch rebaixa perspectiva da Azul (AZUL4) para negativa

Já o rating nacional de longo prazo da aérea foi mantido em BB(bra).

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Publicado em 12/07/2024 às 15:27h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 12/07/2024 às 15:27h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Fitch vê gastos elevados, mas melhora do Ebitda da Azul

A Fitch rebaixou a perspectiva da nota de crédito da Azul (AZUL4), de estável para negativa. Já o rating nacional de longo prazo da aérea foi mantido em BB(bra).

💲 Em relatório publicado na quinta-feira (11), a Fitch disse que a perspectiva negativa "reflete as pressões de queima de caixa da Azul, devido às suas elevadas despesas com arrendamento e juros, à depreciação do real e às volatilidades dos preços dos combustíveis".

A agência de classificação de risco ainda destacou a "significativa dependência" da Azul "no acesso ao mercado de crédito para financiar sua geração de fluxo de caixa livre negativa e manter níveis de liquidez saudáveis".

Na avaliação da Fitch, as métricas de crédito da Azul estão relativamente adequada. Contudo, a aérea deve continuar tendo fluxo de caixa negativo até 2025 e, consequentemente, precisando de financiamento adicional devido à reestruturação do pós-pandemia e ao seu programa de investimentos, que prevê, entre outras coisas, a modernização da frota.

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Rating segue em BB(bra)

✈️ Ainda assim, a agência de classificação de risco reafirmou o rating BB(bra) da Azul por causa da "forte posição no mercado regional doméstico na indústria de aviação civil brasileira e por margens operacionais sólidas".

"A Fitch espera que o EBITDA ajustado da Azul continue a melhorar durante 2024 e 2025, devido ao sólido nível de tráfego doméstico, bem como a eficiências de custo, incluindo a modernização da frota e expansão da capacidade", comentou.

Apesar de ver uma pressão adicional devido à alta do dólar e à volatilidade dos preços dos combustíveis, a Fitch acredita que o Ebitda da Azul sairá dos R$ 5 bilhões registrados em 2023 para R$ 6,2 bilhões em 2024 e R$ 7,2 bilhões em 2025.

A agência destacou que o rating não considera a possível fusão da Azul com a Gol (GOLL4), que está sob avaliação das aéreas.